PAULO VICTOR GARANTE VITÓRIA DO FLA MESMO COM UM A MENOS

No ano em que se completa o centenário do clássico Fla-Flu, tivemos o primeiro duelo entre as duas equipes, válido pela terceira rodada da Taça Rio e quem se deu melhor foi o Rubro-Negro que venceu por 2 a 0 mesmo jogando com um a menos desde o final do primeiro tempo. Ronaldinho Gaúcho foi expulso aos 38 minutos de jogo, mas já tinha marcado o primeiro gol, de pênalti.

O Fluminense, já campeão da Taça Guanabara e pensando na Libertadores, poupou muitos de seus titulares. Thiago Neves, Deco, Wellington Nem e Fred não entraram em campo. No Fla, os desfalques ainda eram os maiores problemas. Mas pelo menos no gol, a posição estava muito bem servida. Paulo Victor, mais uma vez, entrou na vaga do contundido Felipe e foi a melhor figura em campo. Como agarrou o jovem arqueiro!

O técnico Joel Santana surpreendeu a todos, primeiro com a barração do lateral-esquerdo Junior Cesar. Magal começou jogando. Na meia, Kleberson (que não jogava pelo Rubro-Negro desde novembro de 2010) estava de volta ao time titular e foi do pentacampeão mundial, o segundo gol da vitória no Engenhão.

O clássico começou bem pegado. Tanto que com cinco minutos, já tínhamos três cartões amarelos (inclusive o de Ronaldinho). O Fluminense começou melhor e Souza, improvisado na lateral direita, era que mais ameaçava o gol de Paulo Victor. O Flamengo errava muitos passes. Vagner Love estava isolado lá na frente.

Até que aos 20 minutos, um lance bem duvidoso. Galhardo foi lançado na área e Thiago Carleto deu carrinho, acertando primeiro na bola, mas o árbitro Eduardo Cordeiro agiu com segurança e marcou penalidade máxima. Ronaldinho bateu bem e marcou seu primeiro gol em clássicos regionais. Depois de 12 jogos contra rivais cariocas, o jogador balançou as redes.

Ficou claro que o Tricolor sentiu o golpe. Aos 24 minutos, após bola alçada e percorrida por toda defesa do Flu, Kleberson veio por trás e marcou. Na comemoração, a alegria de quem parecia estar iniciando a carreira. Na verdade é um recomeço para o meia.

Pelo Flu, apenas Souza dava trabalho, mas lá estava Paulo Victor que pegava todas. Aos 38 minutos, Ronaldinho, em um mesmo lance, deu duas entradas violentas e foi, acertadamente, expulso por Eduardo Cordeiro. Na saída de campo, o meia-atacante reclamou muito, mas não tem motivo. Não é de hoje que R10 entra de forma maldosa nas divididas.

No segundo tempo, Abel Braga colocou a equipe mais ao ataque. Wallace e Samuel foram para o jogo e o atacante quase marcou aos cinco minutos, mas PV fez milagre.

Joel Santana, malandramente, armou uma forte marcação no Flamengo. Ser retranqueiro, ele sabe muito bem. O Flu não conseguia chegar à área, mesmo tendo um jogador a mais em campo.

O Tricolor tinha de recorrer aos chutes de longa distância e quando conseguia chegar perto, esbarrava na magnífica atuação de Paulo Victor que foi muito elogiado, inclusive, pelos adversários.

No final do jogo, a torcida rubro-negra gritava o nome do goleiro. Já há quem diga que Felipe terá de suar para recuperar a posição. Não acredito que PV vire titular, mas uma coisa é certa: o Flamengo está muito bem servido na posição de goleiro.

Outro Resultado: Volta Redonda 2 x 1 Bonsucesso

JUNINHO COMANDA MISTÃO E VASCO VENCE

Mesmo com time misto. Apenas Fernando Prass, Juninho e Diego Souza dos titulares estavam em campo, o Vasco não teve dificuldades para derrotar o Madureira por 3 a 0 em São Januário e manteve a liderança do Grupo B na Taça Rio, agora com sete pontos ganhos.

O Madureira começou melhor e assustava o Vasco. O goleiro Fernando Prass fez uma besteira ao tentar sair jogando com os pés e Paulo Victor perdeu boa chance, de cabeça.

O Vasco chegou duas vezes com Diego Souza que atuou como autêntico centroavante. Após bom cruzamento de Juninho, o camisa 10 desviou com perigo, mas a bola foi para fora.

No final do primeiro tempo, o Madureira ameaçou em cobrança de falta de muito longe. Fernando Prass mandou abrir e Paulo Vitor soltou a bomba, obrigando o goleiro vascaíno a fazer boa defesa.

A atuação do primeiro tempo não foi nada boa, mas os gols pareciam estar guardados para a etapa final. Cristóvão Borges trocou um argentino pelo outro. Saiu Leandro Chaparro e foi para campo Matías Abelairas.

Aos dez minutos em blitz total do Vasco, Juninho teve duas chances de abrir o placar. Na primeira, o goleiro Cléber fez boa defesa e, depois, o Reizinho mandou para fora.

Só que quatro minutos depois, saiu o gol do Vasco. Max recebeu na direita e cruzou bem, Juninho veio por trás da zaga e desvoiu de cabeça. Bem raro ver o capitão vascaíno marcar de cabeça.

O Tricolor Suburbano poderia ter empatado aos 17 com Fernando Camargo que parou no xará, Prass.

O Vasco não estava bem, mas chegou ao segundo gol graças a vontade de Fellipe Bastos que roubou a bola do adversário e chutou de longe, forte e rasteiro no canto direito de Cléber. Na comemoração, gol dedicado à filha recém nascida.

O Madureira não desistiu, mas Fernando Prass estava em bom dia ou os atacantes do time adversário é que pecavam muito nas finalizações.

Já no final do jogo, Max deu mais uma assistência e Allan que tinha entrado há pouco, marcou o terceiro gol da vitória vascaína.

Agora, o time de São Januário, se concentra para a decisiva partida da Taça Libertadores da América contra o Libertad, em Assunção. Este foi o motivo pelo qual Cristóvão Borges poupou quase todos os titulares.

NA VOLTA DE JOBSON, BOTA SÓ EMPATA

O Botafogo tropeçou no lanterninha Bangu e o empate em 1 a 1 fez com que o Alvinegro perdesse a ponta do Grupo A que agora pertence ao Macaé que está com nove pontos, dois a mais que o clube da Estrela Solitária.

A grande atração da partida realizada em Moça Bonita foi o retorno do atacante Jobson, de volta após cumprir seis meses de punição por causa de antidoping. O atacante, ainda fora de forma e sem ritmo de jogo, entrou na etapa complementar.

A situação do Bangu que não é nada boa. A equipe rubra segue na lanterna com apenas três pontos ganhos na soma dos dois turnos.

O Botafogo estava bem desfalcado. Ainda sem Andrezinho, Elkeson e Maicosuel, o titular da vez foi o o xodó da torcida Caio que até tentava levar a equipe ao ataque.

Mas quem começou melhor foi o dono da casa. O ex-alvinegro Almir que estreava pelo time de Moça Bonita era que mais assustava. O Bangu chegou a mandar uma bola no travessão de Jefferson.

A primeira finalização botafoguense só ocorreu aos 15 minutos com Caio. O goleiro Willian Alves espalmou, mas Loco Abreu não chegou a tempo. Segue o jejum de gols do uruguaio que não balança as redes há mais de um mês.

No final do primeiro tempo, foi a vez do Botafogo acertar o poste com Caio da entrada da área. O atacante era o jogador mais efetivo da equipe.

No intervalo, o técnico Oswaldo de Oliveira sacou Loco Abreu (que não deve ter gostado nada) para colocar Jobson. Este era o momento que todos esperavam. O reencontro do atacante com a torcida e com a bola em uma partida oficial.

O zagueiro Fábio Ferreira teve boa oportunidade, mas isolou a bola. Ainda querendo dar velocidade ao time, Oswaldo tirou Caio (que estava bem) para colocar o garoto Cidinho que entrou mostrando serviço dando belo passe para Jobson que até chegou a marcar, mas estava em posição irregular e o lance foi invalidado.

Até que aos 28 minutos, Jobson retribuiu a gentileza e tocou para Cidinho que bateu na saída de Willian Alves. Gol do Botafogo, mas a comemoração nem foi tão longa, já que um minuto depois, Almir recebeu na área, girou sobre a marcação e deixou tudo igual em Moça Bonita.

No fim, o Botafogo ainda tentou pressionar, mas não teve muitas chances de ataque. A não ser uma cabeçada do zagueiro Antônio Carlos que passou por cima da meta.

O resultado não foi bom, mas o Botafogo manteve a invencibilidade e seguirá na zona de classificação para as semifinais da Taça Rio. Já o Bangu respira por aparelhos na luta contra o rebaixamento. Dificilmente, o técnico Cleimar Rocha conseguirá o milagre da permanência.

Outros Resultados: Americano 2 x 2 Olaria; Macaé 3 x 1 Friburguense; Resende 2 x 0 Boavista e Nova Iguaçu 0 x 1 Duque de Caxias.