Acabou a espera. Chega ao fim o jejum de Lionel Messi com a Seleção da Argentina. 28 anos depois, a Albiceleste volta a dar uma volta olímpica e o roteiro foi perfeito: vitória sobre o Brasil, no Maracanã, local em que os argentinos foram vice-campeões mundiais há sete anos.
A Argentina venceu por 1 a 0 com gol marcado por Di Maria. Talvez o grande ajudante de Messi nesta geração. "Fideo" também estava marcado por não ganhar nada. Vestiu camisas de times gigantes do futebol europeu. Campeoníssimo no Real Madrid, é uma das principais peças do milionário Paris Saint Germain. Na Seleção, era outro que ficava devendo. Com fama de estar sempre lesionado nos momentos mais importantes, coube ao camisa 11 fazer o gol do título (belo gol por sinal) ao dar um leve toque por cobertura na saída de Ederson que ainda não tinha sido vazado na Copa América.
A Argentina chega a 15 títulos de Copa América e se iguala ao Uruguai na hegemonia da competição. O time comandado por Lionel Scaloni foi para o jogo como se estivesse indo para uma guerra. E esse tinha que ser o espírito. O treinador surpreendeu ao fazer cinco alterações em relação ao time da semifinal contra a Colômbia. Entre elas, a entrada de Di Maria como titular. Vale destacar o profissionalismo de Ángel, reserva em toda competição, mas que soube esperar quietinho por uma oportunidade. Foi muito importante na Copa América. Não só pelo gol na decisão, mas ao entrar no decorrer das partidas. Foi um dos melhores do time na semifinal diante dos colombianos.
Outras peças fundamentais na conquista foram o goleiro Emiliano Martínez que fez duas excelentes defesas contra o Brasil, fora a atuação brilhante na fase anterior. A Argentina encontrou um goleiro que pode assumir a meta por muitos e muitos anos. Descobriram também um excelente zagueiro: "Cuti" Romero. No meio campo, De Paul foi brilhante durante toda a competição. Foi dele o lançamento para o gol do título. Talvez tenha sido o segundo melhor jogador da Argentina na Copa América. Fico entre ele e o goleiro.
Outro que precisa ser citado aqui é Otamendi, tão criticado e questionado (com justiça), o zagueiro foi o catimbeiro na decisão. Distribuiu botinadas e foi o grande xerife da defesa argentina. Irritou e provocou os adversários. Talvez por isso seja da confiança de Scaloni e não vai sair do time enquanto o treinador estiver no comando. Não adianta. Mas na final, ele foi bem.
A Argentina venceu o Brasil no Maracanã sem contar com o brilhantismo de Messi. O melhor jogador da competição esteve muito apagado contra o Brasil. Inclusive teve a chance de matar o jogo no fim do segundo tempo e se esborrachou no chão ao ficar de frente para Ederson. Mas foi artilheiro e eleito o craque da competição. Se não fosse Messi, a Argentina não teria sido campeã e nem teria batido na trave em muitas ocasiões. O capitão foi o mais festejado após o apito final. Até Neymar que foi às lágrimas com a derrota, foi abraçar e celebrar o grande amigo.
O psicológico de Messi realmente é bem abalado em decisões pela Seleção. Agora deve melhorar. É um alívio. Não só para Messi como para todos os argentinos e para esse jornalista que vos escreve. Fã declarado de Leo, do futebol argentino e que vibrou muito com a justiça sendo feita. Valeu Futebol. Pagou a dívida graças ao talento dos jogadores e a uma mãozinha divina de D10S não tenho dúvidas.