Enfim, Tite foi anunciado como treinador da Seleção Brasileira e, logo depois, concedeu entrevista coletiva no Rio de Janeiro. O substituto de Dunga vai estrear contra o Equador, dia 2 de setembro em jogo válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo. A partida será fora de casa.
Na coletiva, Tite disse que a forma de contribuir com a Seleção é aceitando o convite feito pelo presidente Marco Polo Del Nero. O treinador ainda reiterou que o objetivo principal no momento é a classificação para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia (Atualmente, a Seleção está em sexto lugar nas Eliminatórias e estaria fora do Mundial) e falou sobre a escolha em não dirigir o Brasil nas Olimpíadas. Rogério Micale será o responsável pelo time nos Jogos Olímpicos.
Junto com Tite chegam o auxiliar Cleber Xavier e o filho do ex-treinador do Corinthians, Matheus Bachi. Edu Gaspar será o diretor de seleções e vai definir junto a Tite o restante da comissão técnica.
A escolha por Tite foi natural. Talvez o anúncio tenha vindo com dois anos de atraso. Após o Mundial de 2014, o treinador era o mais cotado para assumir e, inclusive, se preparou para tal, mas a CBF optou pela volta de Dunga.
Como técnico, Tite despontou no cenário nacional em 2000 quando bateu o Grêmio e conquistou o Campeonato Gaúcho pelo modesto Caxias. No ano seguinte, estava no Tricolor Gaúcho. Foi novamente campeão estadual e ainda faturou a Copa do Brasil. Ainda triunfou no Internacional com a conquista da Copa Sul-Americana de 2008 e mais um título gaúcho em 2009. Mas é inegável que a melhor passagem na carreira foi no Corinthians. Campeão brasileiro em 2011 e 2015 e da Taça Libertadores da América e Mundial de Clubes em 2012, além do Paulistão e da Recopa em 2013 fazem com que o treinador seja apontado como o maior da história corintiana.
Tite era, sem dúvidas, a melhor e talvez única opção para a Seleção. Se não fosse ele, não sei quem poderia ser. Talvez um estrangeiro, mas acho que a resistência por aqui seria enorme para tal novidade. Enfim, temos um treinador unânime. Vamos ver como será. O desafio e a responsabilidade são enormes. Já imaginaram a tragédia que seria o Brasil fora de uma Copa do Mundo? A chance nunca foi tão real, mas ainda há tempo para melhorar e a Seleção está nas mãos da pessoa mais indicada no momento.
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