O Internacional preparava uma grande festa para o próximo domingo no Beira-Rio. Paolo Guerrero estava com estreia marcada com a camisa 79, mas a justiça da Suíça revogou o efeito suspensivo que dava condição de jogo ao atacante peruano. Sendo assim, o reforço terá que cumprir mais oito meses da pena por doping e só poderá estrear pelo Colorado em abril de 2019.
Agora uma coisa é certa: atualmente, o Internacional não precisa de Guerrero. O time está muito bem sem ele. A contratação foi de risco pela situação extracampo do jogador e, pelos valores do negócio, haveria uma pressão para que o atacante entrasse de cara no time titular. Deste "problema" o técnico Odair Hellmann está livre.
Guerrero assinou contrato de três anos com o Internacional. Mas o vínculo teria uma cláusula em que conta a produtividade do atleta. Enquanto não jogar, não vai receber salário. Perder oito meses de cara pode fazer com que as coisas mudem. Não descartaria nem mesmo uma possível aposentadoria do peruano. O clube ainda foi notificado de forma oficial, mas já declarou que vai prestar todo apoio jurídico ao atleta de 34 anos.
Milhares de camisas com o nome do peruano já foram vendidas e o quadro social do clube aumentou com a chegada do reforço. Este é o último recurso e não cabe defesa por parte de clube ou jogador para tentar mudar a decisão.
Guerrero foi suspenso por causa de um metabólito da cocaína em jogo da seleção peruana contra a Argentina válido pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo. O atacante conseguiu efeito suspensivo e, por isso, disputou o Mundial.
Sempre achei a pena de 14 meses exagerada. Até porque não ficou provado que o jogador usou a droga. Pelo contrário. Tudo leva a crer que não tenha feito o uso da substância. Há casos de esportistas que confirmaram o doping e pegaram pena semelhante ou inferior. Lamento muito que Guerrero não possa fazer o que mais gosta. Não concordo com a decisão da justiça da Suíça.
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