A maior novidade no time catalão foi a escalação do francês Abidal na lateral-esquerda. O jogador se recuperou de um tumor no fígado há pouco mais de dois meses e entrou na vaga do ex-capitão Puyol que seria improvisado no setor. Na zaga, Mascherano formou a defesa com Piqué e foi muito bem. O Manchester estava completo. O brasileiro Fábio ganhou a disputa com o irmão gêmeo Rafael e atuou no lado direito.
O jogo começou muito corrido e foi o Manchester quem tomou a iniciativa com uma forte marcação na saída do adversário. Aos sete, após um chutão de Van der Sar, a bola chegou até a Rooney, mas Victor Valdés saiu do gol socando e afastou o perigo inglês. Aos poucos, o Barcelona equilibrou e fez da posse de bola, para variar, a sua maior arma. Em uma boa troca de passes, Pedro perdeu boa chance na pequena área. David Villa também assustou em chute de longa distância. O artilheiro da última Copa do Mundo chutou mais uma, mas essa Van der Sar defendeu no canto direito.
O jogo estava disputado, mas nada violento, tanto que com metade do primeiro tempo, apenas uma falta cometida pelo Manchetser United. A superioridade do Barça foi recompensada aos 27 minutos. O capitão Xavi deu lindo passe para Pedrito que entrou pela direita e chutou rasteiro sem chances para o paredão holandês. Mais uma vez, Pedro Rodríguez fez um gol decisivo. Só que cinco minutos depois, Rooney brigou pela bola, tabelou com Giggs e chutou sem defesa para Valdés. Tudo igual no Wembley.
No final do primeiro tempo, Messi fez uma linda jogada ao arrancar com a bola dominada e abrir para Villa na direita. O camisa 7 devolveu para o argentino que chegou um milímetro atrasado.
No segundo tempo, o Barcelona voltou com tudo. Primeiro Messi ameaçou, mas logo depois, matou. O argentino avançou com a bola e chutou de fora da área, com o pé esquerdo. A bola não era indefensável. “La Pulga” marcou seu 12º gol em 13 jogos na Champions. Um monstro!
O Manchester tentava deter Messi com faltas, principalmente com Valencia que só caçava o genial argentino. Messi estava demais. O camisa 10 arrancou pela direita e tocou para Iniesta, mas desta vez Van der Sar foi seguro na bola. O técnico Alex Ferguson resolveu se lançar a frente ao sacar o brasileiro Fábio para a entrada do português Nani (que deveria ser titular).
Só que o Barça é o Barça. Um minuto depois da mexida, Messi, impossível, passou por três adversários, a bola foi e voltou e sobrou para Villa colocar, como se fosse com a mão, no ângulo de Van der Sar. No final, Guardiola ainda colocou o líder Puyol na vaga de Daniel Alves só para levantar a taça de campeão, algo que ele está mais do que acostumado a fazer. Festa catalã em Wembley.
Com certeza, é um time para ficar marcado na história do futebol. Esta foi a terceira decisão de Champions no século e o terceiro triunfo. Parabéns a Valdés, Daniel Alves, Puyol, Piqué, Mascherano, Abidal, Keita, Afellay, Busquets, Iniesta, Xavi, Pedro Rodríguez, David Villa, Messi e Guardiola que, como técnico, conquistou seu décimo título (segundo da Liga) em apenas três anos.
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