A abertura das quartas de final da Champions League marcou o reencontro dos finalistas de 2015 e a Juventus não quis saber de história repetida, partiu para cima do Barcelona e venceu por 3 a 0 em Turim. A volta será na próxima quarta-feira no Camp Nou. Com 21 minutos de jogo, o time da casa já vencia por dois gols de diferença.
Acho que Luis Enrique escalou muito mal ao optar Mascherano no meio, no lugar do suspenso Busquets (faz muita falta ao time) e colocar o fraquíssimo Mathieu na lateral esquerda. Daniel Alves foi o encarregado por marcar Neymar e o fez com perfeição. Os dois se conhecem muito bem dos tempos de Barcelona e Seleção. No outro lado, o "brazuca" Alex Sandro também fez uma partidaça!
A partida foi decidida por um atacante argentino, canhoto e infernal. Lionel Messi? Que nada. Paulo Dybala decidiu a parada. Já falei em outras ocasiões que Dybala poderia ser melhor que Neymar. A Juventus esteve taticamente perfeita.
A "Juve" saiu na frente aos sete minutos. Cuadrado tocou e Dybala virou e bateu sem dar chances ao alemão Ter Stegen. O Barcelona respondeu em passe de Messi para Iniesta, mas Buffon deu um toquinho na bola e salvou. Trata-se de um goleiro diferenciado e que nunca levou gol de Messi na carreira.
Na resposta, Dybala fez mais um, aumentando o placar para os donos da casa que estavam insaciáveis. Chuto forte e seco, de primeira. Belo gol!
Neymar estava muito bem marcado, Luis Suárez quase não pegou na bola e Messi estava irritadiço na partida e chegou a se estranhar com Mandzukic durante o primeiro tempo. É muito difícil fazer gol na Juventus. Não por acaso levaram apenas dois em toda Champions League. Certamente, no momento, é o melhor sistema defensivo do futebol mundial. Os italianos ainda estão invictos na Champions.
No segundo tempo, Luis Enrique sacou Mathieu (não joga nada) e colocou Andre Gomes. O Barcelona voltou melhor.
Mas a Juventus é letal e foi muito superior. Tanto que fez o terceiro aos 10 minutos com o zagueiro em Chiellini, de cabeça, em falha de marcação de Mascherano. Antes, Higuaín já tinha perdido grande chance.
Pelo Barcelona, apenas Messi tentava e buscava algo. Deu bons passes, mas os companheiros não conseguiam finalizar de forma certeira. Complicou muito para o Barça que fez história na fase anterior, mas vale lembrar que a Juventus não é o Paris Saint Germain. Tem mais time, é melhor treinado e conta com tradição muito maior e camisa bem mais pesada. Não é exagero afirmar que a equipe treinada por Massimiliano Allegri pode sim ser campeã. Acho que a briga pela "Orelhuda" será com o Bayern de Munique.
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