O Vasco, jogando de azul, se recuperou da derrota na estreia da Taça Libertadores da América e derrotou o Alianza Lima, em São Januário, por 3 a 2. Muitos pensavam que seria mais fácil. Talvez até fosse, mas o artilheiro Alecsandro perdeu dois pênaltis e a torcida teve de sofrer até o final para comemorar a primeira vitória na competição internacional.
As duas equipes entraram em campo vindo de derrota no primeiro jogo e ambas buscavam a recuperação, mas o time brasileiro sempre foi favorito. A equipe peruana é bem fraquinha.
Cristóvão Borges, mais uma vez, não escalou Juninho e Felipe juntos. Apenas o primeiro foi titular. Já o "Maestro" entrou na etapa final e foi um dos melhores em campo com bons passes e dribles, tanto que teve o nome gritado pela torcida após a partida.
A melhor jogada vascaína era abrir o jogo na direita, apostando na velocidade de Willian Barbio, livre de marcação. Esta foi a primeira chance de perigo, mas Alecsandro chegou um pouco atrasado e não conseguiu concluir.
Os peruanos não assustavam. Até que em um chutão para frente, o zagueiro Rodolfo foi traído pelo quique da bola e perdeu na velocidade para Charquero que bateu e abriu o marcador em São Januário. Foi a senha para a torcida "pedir a cabeça" do defensor que falhou mais uma vez. Rodolfo não está nada bem desde que chegou ao clube.
Para sorte do Vasco, o empate não tardou e saiu graças a jogada com Barbio que foi a linha de fundo e cruzou para trás, o zagueiro do Alianza, Ramos, vinha na corrida e mandou contra o próprio patrimônio.
Alecsandro marcaria pouco depois, mas como estava em posição ilegal, o lance foi corretamente anulado pelo árbitro Diego Abal. No final do primeiro tempo, Dedé avançou e por pouco, Alecsandro não marcou.
Na etapa final, o Vasco voltou com duas mexidas. O zagueiro Douglas foi para o jogo na vaga do vaiado Rodolfo e Felipe, tão pedido pelos torcedores, entrou no lugar de Eduardo Costa.
A primeira jogada de ataque do Vasco foi com Willian Barbio e o goleiro Libman fez a defesa, mas no rebote, a bola tocou na mão de Carmona. Pênalti marcado e cartão vermelho para o zagueiro do time peruano. Alecsandro bateu, escorregou e a bola tocou no travessão e não entrou.
O time brasileiro tinha um a mais em campo e dava a impressão de que logo marcaria o segundo gol. Juninho, em cobrança de falta, acertou o travessão de Libman.
Até que aos 14 minutos, após escanteio cobrado por Fagner, Dedé subiu mais do que todo mundo e testou, com segurança, para colocar o Vasco na frente do marcador e a torcida foi à loucura com o gol do "Mito".
Logo depois, Alecsandro marcaria de cabeça, mas novamente estava em impedimento. Estava se colocando mal o matador da Colina.
Aos 23 minutos, mais um pênalti a favor do Vasco e a torcida pedia por Alecsandro que teria a chance de se redimir, mas o centroavante novamente bateu mal e Libman fez a defesa. A bola ainda tocou na trave. Não era a noite de "Alecgol".
Para sorte, o argentino Diego Abal marcaria um terceiro pênalti para o Vasco. Desta vez, chega de Alecsandro! Juninho foi para a bola e fez o gol, trazendo alívio para os torcedores que até gritaram por Alecsandro, mas desta vez, só depois da cobrança executada.
Quando todos pensavam que não teríamos mais nada no jogo, a zaga do Vasco falhou e, aos 40 minutos, o atacante Fernandez, chamado de Ibrahimovic do Alianza, diminuiu.
O jogo ficou tenso até o final, mas o time da casa passou a tocar a bola e esperou pelo apito final do juiz. No fim, tudo foi festa. Até Alecsandro que perdeu duas penalidades máximas, teve o nome gritado e saiu de campo após jogar a blusa para os torcedores.
Mas os vascaínos que não se enganem. O Grupo 5 é bem complicado e, contra o Alianza Lima, era jogo para ser vencido até com certa tranquilidade. Parece que a paciência da torcida e de Cristóvão Borges com Rodolfo chegou ao fim. E muitos vão contestar a não escalação da dupla Felipe - Juninho daqui para frente.
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