Respeitem a Argentina! Essa camisa, essa garra, vontade. Respeitem Lionel Messi, o melhor jogador do mundo. Autor de gols em três Copas distintas. Apesar da bagunça tática de Jorge Sampaoli e de ter o bonde Higuaín como centroavante, os "Hermanos" venceram a Nigéria por 2 a 1 com muito drama e, graças à vitória da Croácia sobre a Islândia pelo mesmo placar, estão nas oitavas de final da Copa do Mundo. No próximo sábado, o adversário será duríssimo: a favorita, França.
Sampaoli não inventou e escalou os medalhões. Entrou em campo com goleiro. Armani assumiu a vaga de Caballero. E mesmo com Higuaín (eu optaria por Agüero), venceu por 2 a 1, chegou aos quatro pontos e está nas oitavas. O gol da vitória só saiu aos 41 da segunda etapa marcado pelo questionado Marcos Rojo de pé direito completando cruzamento na área.
Esta é a quinta Copa em que argentinos e nigerianos se enfrentam. Cinco vitórias da Argentina. Freguesia braba!
A Argentina saiu na frente em um lindo gol. Aos 14 minutos, Banega (jogou muito bem) descolou lindo lançamento para Messi que dominou com muita categoria e bateu com a direita, forte sem chances para Uzoho. Golaço. Sai zica!
O gênio ainda teve boa chance em cobrança de falta, mas Uzoho voou, tocou na bola que bateu na trave.
No segundo tempo, logo aos cinco minutos, o líder e "treinador" da equipe Mascherano cometeu pênalti bobo ao agarrar o zagueiro Balogum na área. O árbitro marcou, o VAR confirmou e Moses bateu muito bem sem chances para Armani.
Após o empate, veio o nervosismo. A bola queimava. Alguns jogadores se escondiam. Di Maria é mestre no quesito. Quando mais precisa, o meia acusa o golpe. Por isso foi sacado para entrada de Meza. O experiente Enzo Pérez também tremeu e deu lugar a Pavón que deu maior movimentação pela direita.
A Nigéria até teve chance de virar o marcador. Os africanos reclamaram de mão na bola de Rojo na área. O árbitro chamou o VAR, viu que houve o toque, mas decidiu que o defensor não teve a intenção. O nervosinho Ighalo perdeu a chance de matar a partida ao chutar em cima de Armani.
A Argentina não se entregou. Se não dava na técnica, ia na base da garra, Até que aos 41 minutos, Mercado cruzou bem (o que não é muito comum) e Rojo, como centroavante, chapou a bola de pé direito no canto de Uzoho. O gol da explosão. O gol da justiça. O gol para o bem do futebol. É muito melhor ver a Argentina no mata-mata do que Islândia ou Nigéria. Ou estou enganado?
No próximo sábado, jogo decisivo envolvendo duas campeãs mundiais. A França é favorita, mas a Argentina renasceu. Mata-mata é uma competição à parte. Argentina está dentro para o bem do futebol.
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