Está mais do que claro para todos que Mano Menezes vem encontrando muitas dificuldades para arrumar um jeito da Seleção Brasileira jogar bola. A campanha na Copa América foi péssima com uma eliminação nas quartas de final diante do Paraguai nos pênaltis, onde os jogadores desperdiçaram as quatro cobranças. Durante a competição, apenas uma vitória em quatro jogos.
A Era Mano já completou um ano de vida e em 13 jogos, foram seis vitórias, quatro empates e três derrotas, mas o que mais preocupa é que o Brasil não venceu nenhum adversário de qualidade. Perdeu para Alemanha, Argentina e França e empatou com a Holanda.
Talvez por isso, a Confederação Brasileira de Futebol começou a agendar amistosos babas para ver se Mano Menezes vence e dá um cala boca na mídia e nos torcedores. A CBF já marcou, para setembro, o próximo jogo que será contra o Egito no dia 7. Depois, duas partidas contra os argentinos na reedição da Copa Rocca, onde apenas atletas que joguem no futebol brasileiro poderão ser chamados.
Em outubro, os oponentes serão Costa Rica e México (esse nem tão fraco assim). Para fechar, em novembro, um adversário que é para golear, o Gabão vai pegar o Brasil. Isso mesmo o Gabão.
Eu fui um dos que apoiaram a iniciativa de jogar contra seleções fortes, já que os brasileiros não disputarão as Eliminatórias da América do Sul e não seria nada bom ficar parado ou pegando apenas “barangas” até 2014. Mas os resultados não estão saindo e daqui a pouco a imprensa e a torcida vai começar a pedir Fora Mano!
Mas talvez não adiante mudar o nível dos adversários. Seria enganar a si mesmo. O que tem de ser alterado é a postura e o pensamento. Até quando vamos insistir com André Santos como titular da lateral-esquerda e preterir Marcelo do Real Madrid? Acho que Julio Cesar (apesar de ter muito crédito) e Lúcio precisam ser repensados. Como estarão daqui a três anos? Robinho não me desce mais. Vai pedalar, pedalar e mais nada. Neymar tem de colocar na cabeça que precisa jogar futebol de homem e aguentar trancos sem pedir faltas ou fazer firulas, mas não deixo de enaltecer a genialidade do santista. Depender apenas de Paulo Henrique Ganso na armação é pouco. Todos têm seus dias em que as coisas não dão certo e aí como fica? Chama Renato Augusto, Elano, Jadson ou Fernandinho? Assim é demais, gente.
Tomara que o Brasil ache o rumo e não faça destes amistosos mequetrefes, uma válvula de escape das críticas. Todos sabem que a pressão na Copa do Mundo será enorme. O Brasil terá de vencer em casa e não adianta querer fugir ou maquiar problemas tão evidentes.
