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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

UMA VITÓRIA COM A CARA DE JOEL SANTANA

Na reestreia do técnico Joel Santana, o Flamengo jogou mal, mas derrotou o Madureira por 1 a 0 no Engenhão, em jogo válido pela quinta rodada do Grupo A da Taça Guanabara. Agora, o Rubro-Negro chega aos mesmos nove pontos de Resende e Botafogo, mas estaria fora da zona de classificação para as semifinais por critérios de desempate.

Além do treinador, a novidade em campo foi o novo uniforme flamenguista. O Tricolor Suburbano começou o jogo com uma marcação forte. O Fla chegou com Deivid que cabeceou para fora, sem assustar o goleiro Márcio.

O time do subúrbio andou ameaçando. Primeiro com o volante Rodrigo, mas Felipe defendeu. Pouco depois, Michel Santos fez boa jogada e a bola passou raspando a trave.

No final do primeiro tempo, Léo Moura, melhor jogador do Fla em 2012, fez boa jogada pela direita, Deivid finalizou de bicicleta, mas errou o alvo.

O técnico Joel Santana já adotou um novo filho no clube: Negueba e foi ele quem entrou na vaga do argentino Bottinelli ainda no intervalo. O time melhorou e abriu o marcador com uma ajuda providencial da zaga do Madureira. Aos sete minutos, Deivid apertou na saída de bola e o zagueiro Thiago Medeiros mandou contra o próprio patrimônio. Segue a seca dos atacantes do Flamengo.

O Flamengo poderia ter construído uma vitória mais tranquila. Léo Moura, fez mais uma boa jogada pela direita e foi derrubado na área por Bill. Pênalti claro. Ronaldinho que recebeu os atrasados foi para a batida e isolou. O camisa 10 lembrou e muito Roberto Baggio na final da Copa do Mundo de 1994.

A torcida não gostou da atuação dos atuais campeões cariocas. Perlo menos, o time segue invicto e ainda não levou gols na competição. E vencer por 1 a 0, com o placar magro é algo bem característico de Joel Santana.

DECEPÇÃO NA VOLTA DO VASCO À LIBERTADORES

Não foi a estreia que a torcida do Vasco tanto esperava. Depois de 11 anos de ausência, o time, que voltava à Libertadores, foi derrotado pelo bom time do Nacional de Montevidéu em pelno Caldeirão de São Januário. A equipe uruguaia é uma das mais tradicionais do continente e já venceu a competição em três oportunidades.

Desfalcado de Allan, Eder Luis, Fagner e Romulo, o técnico Cristóvão Borges teve de recorrer ao garoto Max na lateral direita. Felipe e Juninho começaram jogando juntos pela primeira vez no ano.

O Nacional tocava bem a bola e desde o início dava para perceber que os urguaios estavam melhores e poderiam sair com a vitória, mesmo fora de casa.

A primeira chance de gol foi do Vasco. Após boa troca de passes, a bola chegou para Diego Souza na entrada da área e o meia bateu forte, mas passou por cima, raspando a trave do goleiro Burián.

O Nacional respondeu com duas jogadas rápidas. Calzada e Viudez chegaram pela esquerda, mas Fernando Prass (que voltava ao time após lesão) estava atento.

Até que aos 29 minutos, os visitantes abriram o marcador. Após cobrança de escanteio, o zagueiro Dedé desviou e a bola entrou no gol de Fernando Prass. Em uma noite em que tudo deu errado, até o ídolo Dedé marcou gol contra.

No último minuto do primeiro tempo, Diego Souza deu uma arrancada, passou por três marcadores e foi derrubado na entrada da área. Na batida, Juninho não estava com o pé calibrado e o goleiro Burián não teve dificuldades para encaixar a bola.

No intervalo, Cristóvão Borges sacou o inexperiente Max e improvisou Fellype Bastos pela direita. E tudo piorou quando o zagueiro Rodolfo errou na saída de bola e após cruzamento da direita, o atacante Sánchz mandou, de peixinho, para o fundo das redes. Estávamos ainda no primeiro minuto do segundo tempo.

O time uruguaio atacava sempre pela esquerda, aproveitando a carência do lado direito vascaíno. A entrada de Fellype Bastos não mudou em nada o panorama, já que trata-se de um volante e não um lateral de ofício.

O atacante Carlos Tenório estreou e entrou no lugar de um irreconhecível Felipe e o grandalhão equatoriano andou brigando com a bola em alguns lances.

Até que aos 28 minutos, Diego Souza tocou para Juninho que cruzou para Alecsandro escorar e diminuir o prejuízo. Ainda restavam quase 20 minutos de jogo e a torcida passou a acreditar, pelo menos, no empate. Os torcedores pediam por Bernardo, mas como Cristóvão não atendeu, foi chamado de burro. Este era o som que ecoava pelas arquibancadas de São Januário.

Vendo que o Vasco estava a mil em busca do empate, o técnico argentino Marcelo Gallardo colocou o experiente Recoba em campo e o uruguaio cadenciava o jogo. Era o que o Nacional queria. Esfriar o ímpeto dos donos da casa.

Aos 45 minutos, Tenório chegou a marcar, de cabeça, mas estava impedido e o gol foi corretamente anulado. No banco de reservas, o zagueiro Renato Silva foi expulso por reclamação.

A estreia não foi nada boa para o Vasco. Ainda mais que o grupo é bem forte e perder em casa, com certeza, não faz parte do manual para ter sucesso na Taça Libertadores. Já o Nacional provou que tem um bom time e deve se classificar no grupo. O Vasco, agora, terá de correr atrás.

UMA VITÓRIA PARA DAR MORAL

Após três jogos só empatando, finalmente o Botafogo teve uma boa atuação em 2012 e goleou o Olaria por 5 a 0 no Engenhão. Com o resultado, o time do técnico Oswaldo de Olveira chegou ao segundo lugar no Grupo A e segue firme e forte na briga por uma das vagas para a semifinal da Taça Guanabara. O líder da chave é o Resende também com nove pontos, mas tem uma vitória a mais que o Glorioso.

O grande destaque da partida foi o apoiador Elkeson, vaiado em todas as partidas da temporada até aqui. O camisa 9 marcou por duas vezes, deu uma assistência que terminou em gol e quebrou um jejum de seis meses sem balançar as redes adversárias.

O massacre alvinegro começou aos 12 minutos. Andrezinho levantou para a área e o atacante Loco Abreu testou para abrir o marcador.

Elkeson poderia ter ampliado aos 17, mas bateu fraco para tranquila defesa de Wanderson. Só que aos 23, após lançamento de Lucas, Elkeson recebeu pela direita e chutou com o pé esquerdo. Desde agosto que o camisa 9 não sentia o gosto de comemorar um gol.

E parece que Elkeson voltou a ter gosto de artilheiro. Foi do meia o terceiro dos donos da casa, após mais uma bola vinda direita de Lucas, Elkeson cabeceou, com estilo, para ampliar a vantagem alvinegra.

No segundo tempo, o time da Rua Bariri voltou mais ligado e nos primeiros minutos, teve mais chances do que em toda a etapa inicial. Vasnilson por duas vezes e Muniz obrigaram Jefferson a trabalhar.

Só que o Botafogo estava mortal. Em contra-ataque puxado por Maicosuel, a bola chegou a Loco Abreu que bateu forte para marcar o quarto aos 20 minutos. O Olaria até que tinha melhorado, mas com mais um gol alvinegro, o time da Leopoldina não tinha mais de onde tirar forças.

Já no final do jogo, aos 43 minutos, ainda houve tempo para Elkeson lançar e Maicosuel avançar com a bola, driblar o goleiro Wanderson e rolar para o fundo das redes.

Foi uma vitória com estilo do Botafogo. Está certo que o Olaria é muito fraco. Talvez, uma das piores equipes do Campeonato Carioca, mas pelo menos o Alvinegro se impôs. A torcida, que estava descrente com o time, passa a ter mais esperanças em dias melhores.

Outros Resultados: Bonsucesso 2 x 2 Macaé; Bangu 1 x 2 Duque de Caxias; Friburguense 5 x 2 Boavista e Nova Iguaçu 1 x 3 Resende.