PAPAI JOEL CHEGOU. DE NOVO

Começou a quinta passagem de Joel Santana pelo Flamengo. O treinador não foi apresentado oficialmente, mas já começou a trabalhar. A reestreia do Natalino será na próxima quinta-feira diante do Madureira no Engenhão pelo Carioca.

Joel retorna ao clube após quatro anos. Em 2008, foi convidado para dirigir a Seleção da África do Sul e deixou o Flamengo após o título estadual. Na partida de despedida, eliminação na Taça Libertadores da América, no Maracanã, para o América-MÉX no dia de Salvador Cabañas. Uma data que os flamenguistas fazem questão de esquecer.

O treinador pediu demissão do Bahia após saber da queda de Vanderlei Luxemburgo. Antes mesmo da partida contra o Real Potosí-BOL, a presidente Patricia Amorim já tinha informado para alguns jogadores que Joel Santana seria o novo técnico do Rubro-Negro para a sequência da temporada. O contrato será válido por um ano.

Antes de comandar o primeiro treinamento no Ninho do Urubu, o treinador se reuniu com o novo vice de futebol, Paulo César Coutinho e com Michel Levy (vice de finanças e inimigo declarado de Luxemburgo). Na conversa, Joel teria indicado reforços para a Libertadores. Parece que a posição que mais preocupa é a de armador. O treinador quer alguém para substituir Thiago Neves que foi para o Fluminense.

Pelo Flamengo, Joel Santana já trabalhou em 168 jogos, contabilizando 97 vitórias, 40 empates e 31 derrotas. Na primeira passagem, em 1996, o título carioca invicto. Dois anos depois, um aproveitamento discreto no Campeonato Brasileiro. Em 2005, chegou para salvar contra o rebaixamento. Já em 2007, pegou o time na zona da degola e terminou o Brasileirão na terceira colocação. Alguns afirmam que, se tivesse mais tempo, Joel seria campeão nacional pela arrancada maravilhosa que o time deu.

Não podemos falar que "Papai Joel" tem uma maior identificação com o Flamengo, já que foi campeão estadual por Botafogo, Fluminense e Vasco. Em São Januário, ainda beliscou o Brasileiro e a Copa Mercosul em 2000. Mas não podemos negar que é uma figura muito carismática e com a cara do futebol carioca. Só de Estaduais, são sete ao todo(1992, 93, 95, 96, 97, 2008 e 2010).

O que pode pesar contra é a fama de ser o "bombeiro". Os críticos falam que quando chega para começar um planejamento, não vai bem, pois trata-se de um motivador que só cabe quando a equipe está à perigo. Vide o Cruzeiro de 2011.

Não sou desses que desdenha de Joel Santana. Pelo contrário, acho que é um bom treinador e não tem tanto cartaz quanto alguns que não ganharam 1/3 dos seus troféus. Mas ainda acho que "fritaram" Vanderlei Luxemburgo e de forma injusta.

GIGANTE MANCHESTER UNITED REAGE E EMPATA COM O CHELSEA

Pelo Campeonato Inglês, um jogão na 24ª rodada entre Chelsea e Manchester United. O clássico realizado no Stamford Bridge estava 3 a 0 para o time da casa, mas os Diabos Vermelhos, que brigam pela primeira posição, reagiram e chegaram ao empate.

Com o placar, o United chegou a 55 pontos, em segundo lugar, dois a menos que o xará City. Já o Chelsea segue em quarto, agora com 43 pontos.

No primeiro tempo, os visitantes estavam bem melhores, mas a grande atuação do goleiro Petr Cech evitou que o time de Sir Alex Ferguson ficasse em vantagem no marcador. Primeiro, Ivanovic evitou o que seria um gol de Welbeck. Pouco depois, Cech salvou em chutes de Young, Welbeck e Rooney.

O Chelsea, que nada tem a ver com a má pontaria do rival, abriu o placar em uma jogada bem despretenciosa. Sturridge foi a linha de fundo e mandou para a área. A bola desviou no goleiro De Gea e ainda contou com um toque de Evans para marcar contra o Manchester e a favor do Blues.

Se no primeiro tempo o time de André Villas-Boas não mereceu sair com a vitória, não podemos dizer o mesmo dos cinco minutos iniciais da etapa final. Com um minuto, Fernando Torres (dono de um longo jejum de gols que já ultrapassa 1100 minutos) cruzou e Juan Mata marcou o segundo do Chelsea.

Aos cinco, o mesmo Mata cobrou falta na área e o brasileiro David Luiz marcou, de cabeça, o terceiro do time londrino para festa da torcida nas arquibancadas. Teríamos uma goleada no Stamford Bridge? Que nada. Pelo contrário.

Aos 11 minutos, Evra passou por Sturridge e foi derrubado na área. Pênalti bem marcado e cobrado com perfeição por Wayne Rooney.

O técnico Alex Ferguson resolveu lançar o Manchester ao ataque e sacou o lateral brasileiro Rafael e Young para as entradas do experiente Paul Scholes e do atacante "Chicharito" Hernandéz que transformaria a partida.

Mais um pênalti daria outro gol para os visitantes. Em dividida com Ivanovic, Welbeck foi para o chão. Novamente Rooney cobrou e fez. Dava para chegar ao empate.

O Chelsea estava acuado. Não jogava mais e praticamente não passava da metade do campo. A entrada de "Chicharito" foi determinante para a reação do United. Em minha opinião, o mexicano deveria jogar desde o início. Seria o companheiro de ataque ideal para Rooney.

E foi de Javier Hernandéz o gol do empate, aos 39 minutos. Bola alçada na área e "Chicharito" subiu mais do que todo mundo para marcar. Resultado com gosto de vitória para o Manchester United. No embolado campeonato, uma reação dessas pode dar muita moral para a sequência da competição. Já o Chelsea vai mesmo é brigar pela terceira posição com Tottenham e Arsenal. Nada mais que isso.

Quem deve ter lamentado muito a reação dos Diabos Vermelhos foram os "Citizens" que poderiam abrir três pontos na ponta da Premier League. Mas o Manchester United é gigante e não pode nunca ser menosprezado antes da hora.

THIAGO MOTTA É MAIS UM "BRASILEIRO" NO PSG

Desde que Leonardo chegou ao Paris Saint Germain, parece que a política do clube é de apostar em jogadores brasileiros. Depois do zagueiro Alex e do lateral-esquerdo Maxwell, o PSG acertou com Thiago Motta (naturalizado italiano).

O clube francês pagou 10 milhões de euros para tirar o meio-campista da Internazionale. Aos 29 anos, o jogador que nunca atuou profissionalmente no Brasil, assinou por três temporadas com o milionário clube francês.

Thiago Motta era um antigo sonho dos parisienses. O jogador, que já defendeu a Seleção da Itália em duas oportunidades, voltará a trabalhar com Leonardo, técnico da Inter de Milão em 2010.

Achei que a negociação ficou por um preço exorbitante. Thiago Motta não vale nem perto dos 22 milhões de reais que os franceses pagaram. Por este valor, arrumariam jogadores de muito mais qualidade, inclusive atuando no futebol brasileiro. Vejo Arouca, Paulinho e Ralf bem superiores tecnicamente ao ítalo-brazuca.

Mas deve ter pesado a experiência de Motta. O atleta chegou à Europa em 2001 e ficou até 2007 no Barcelona, ainda jogou no Atletico de Madri e Genoa-ITA, antes de ir rumo à Milão.

Poucos sabem, mas Thiago Motta já defendeu a Seleção Brasileira nas categorias de base. Em 2003, disputou a Copa Ouro (com o time sub-23) e fazia parte do grupo que visava às Olimpíadas de 2004, em Atenas, mas o Brasil não conseguiu a vaga. Como só atuou em categorias inferiores, conseguiu a naturalização e pôde atuar com a camisa da Azzurra e, inclusive, até já marcou um gol pelos italianos.

TUDO AZUL, MESMO COM SALÁRIOS ATRASADOS

Está difícil de parar o Trem Bala da Colina versão 2012. Na estreia da nova terceira camisa, o Vasco (de azul) venceu o Friburguense por 2 a 0 com dois gols de Diego Souza. O jogo marcou o reencontro dos jogadores com o estádio de São Januário que passou por algumas reformas. O novo placar eletrônico ainda não foi instalado.

Os jogadores do Vasco seguem sem se concentrar antes das partidas. Medida contra os salários atrasados que ainda não foram pagos pela diretoria, mas parece que dentro de campo não está influenciando em nada.

O técnico Cristóvão Borges segue com o revezamento entre Juninho Pernambucano e Felipe. No jogo contra o time de Friburgo, Felipe estava entre os reservas, mas entrou no intervalo.

Esta foi a quarta vitória do Vasco em quatro rodadas. É o único time com 100% de aproveitamento no Campeonato Carioca. O Cruz-maltino já abre quatro pontos de vantagem para o Boavista, segundo colocado do Grupo B.

Os visitantes, treinados por Gerson Andreotti, marcavam bem e dificultavam as ações do Vasco. O Friburguense foi quem primeiro chegou ao ataque com o meia Jorge Luiz aproveitando um cruzamento do experiente Ziquinha. Pouco depois foi a vez do zagueiro Diego Guerra cabecear na frente de Alessandro (que mais uma vez atuou no lugar de Fernando Prass, contundido), mas a bola foi para fora.

O Vasco estava mal, mas acordou em duas jogadas pela esquerda, ambas com Thiago Feltri. Na primeira, Alecsandro mandou em cima do goleiro Marcos e depois, Diego Souza cabeceou para fora.

Mas o Frizão estava assanhado e chegou em mais duas ocasiões com o interminável Sérgio Gomes. Em uma delas, Alessandro precisou evitar o que seria o gol do lateral do time serrano.

No último minuto do primeiro tempo, após escanteio cobrado por Juninho, Diego Souza foi lá no alto e, de cabeça, mandou para as redes, abrindo o placar em São Januário e o Vasco foi para o intervalo com a vitória parcial mesmo de forma injusta.

Na etapa complementar, os vascaínos voltaram com duas alterações. Saíram Fellipe Bastos e Allan para as entradas de Eduardo Costa e Felipe.

O time da casa insistia nos chutes de fora da área. Com um minuto, Juninho obrigou Marcos a fazer boa defesa. Pouco depois, a bola de Nilton rasparia a trave do Friburguense.

Desta vez sim merecendo fazer o gol, o Vasco ampliou em mais um passe de Juninho para Diego Souza que mandou no canto de Marcos e correu para comemorar.

Com uma boa vantagem no marcador, foi nítido que os vascaínos passaram a se poupar para a estreia na Taça Libertadores da América, diante do Nacional-URU, na próxima quarta-feira. Ainda houve tempo para mais uma boa jogada de Diego Souza (craque do jogo) que deixaria Alecsandro na frente do gol, mas o camisa 9 perdeu.

O Vasco está atuando bem. Começou mal na partida, mas é um time muito seguro. Parece que os jogadores fazem gol na hora que querem. É um time bem entrosado e isto será muito importante na batalha que será a Taça Libertadores. Com mais esta vitória, o time está praticamente classificado para as semifinais da Taça Guanabara e deve avançar em primeiro lugar da chave. Boavista, Fluminense e Volta Redonda vão brigar pela outra vaga.

Outros Resultados: Boavista 1 x 1 Volta Redonda; Nova Iguaçu 2 x 0 Macaé; Resende 1 x 0 Bonucesso; Americano 2 x 1 Bangu e Olaria 2 x 1 Madureira.

TRAVESSÃO GARANTE O ZERO A ZERO

Assim como em São Paulo, tivemos clássico também no Rio de Janeiro, mas Botafogo e Flamengo não conseguiram voltar a vencer e o empate em 0 a 0 deixou as duas equipes em posição complicada. No momento, os dois grandes estariam fora das semifinais. O líder do Grupo A é o Nova Iguaçu com oito pontos, seguido do Resende com seis que vence a dupla Botafogo e Flamengo nos critérios de desempate.

Ainda sem Joel Santana, o auxiliar Jaime de Almeira, mais uma vez, comandou o time rubro-negro. O que decepcionou mais uma vez foi o público ridículo de pouco mais de 12 mil pessoas em um clássico. Algo constrangedor.

O Botafogo foi muito superior na etapa inicial. Logo na primeira chance, Andrezinho, que teve sua melhor atuação com a camisa alvinegra, acertou no travessão de Felipe. O Fla responderia em cabeçada do argentino Bottinelli, mas Jefferson voou para salvar o Bota.

Ainda no primeiro tempo, um lance polêmico. O zagueiro Antônio Carlos foi tocado, na área, por Willians, mas o árbitro Pathrice Maia mandou o jogo seguir.

Andrezinho esbarrou novamente na trave de Felipe em cobrança de falta em que o goleiro nada poderia fazer. O camisa 10 botafoguense ainda desperdiçaria mais uma oportunidade em que o arqueiro rubro-negro fez boa defesa. Interessante o duelo Andrezinho - Felipe.

No segundo tempo, o travessão voltaria a ser protagonista em uma bomba de Renato Abreu aos seis minutos. Pouco depois, Felipe salvaria o Fla em cabeçada de Elkeson e, no rebote, Loco Abreu perdeu na cara do gol. O uruguaio ainda erraria mais uma logo depois.

Os dois treinadores resolveram alterar as equipes. No Fla, entraram Muralha e Negueba nos lugares de Luiz Antonio e Deivid. Já Oswaldo de Oliveira mandou Herrera e Lucas Zen para o gramado e sacou Elkeson e Marcelo Mattos (que já tinha cartão e perigava levar o vermelho).

Aos 31 minutos, Willians fez falta dura e reclamou muito da marcação de Pathrice Maia e foi expulso de campo. Aí, praticamente acabavam as chances ofensivas do atual campeão carioca.

Com 11 contra 10, o Botafogo foi em busca dos três pontos, algo que não vem há três partidas, mas Felipe (agarrou muito) pegou cabeçada de Márcio Azevedo e depois salvou no rebote, em finalização de Loco Abreu. Já nos acréscimos.

O Botafogo foi superior, mas não saiu do Engenhão com a vitória. Pelo menos deu para perceber uma evolução no Alvinegro. Já o Flamengo teve muito pouca inspiração. Ronaldinho Gaúcho não foi notado em campo. Será que acabou o gás após vencer a briga particular com o técnico Vanderlei Luxemburgo?

ÁGUA NO CHOPP DA FESTA DE NEYMAR

O primeiro clássico paulista de 2012 foi realizado em Presidente Prudente e Palmeiras e Santos caiu logo no data de aniversário de Neymar e o craque ainda poderia marcar o centésimo gol como profissional. Dito e feito. O santista marcou, mas quem saiu com a vitória foi o adversário. 2 a 1 Palmeiras.

E a virada foi de forma emocionante. O Porco perdia até os 43 minutos da etapa final, mas com gols de Fernandão e Juninho, o time de Luiz Felipe Scolari alcançou os três pontos e subiu para a quarta posição com 11 pontos, cinco a mais que o Santos que foi para o décimo lugar na tabela de classificação.

Preocupado com a grande qualidade técnica do Santos, Felipão começou a partida com três volantes e o Alviverde exercia uma forte marcação.

O goleiro do Santos, Rafael apareceria bem no início, onde teve de deixar a meta para dividr a bola com o meia Luan.

O Santos respondeu em jogada de craque de Neymar que desmoralizou o marcador particular, Cicinho, e cruzou para Elano que mandou para fora. Passou bem perto.

Ainda na etapa inicial, o chileno Valdivia sentiu dores na coxa esquerda e teve de ser substituído por Daniel Carvalho. O Palmeiras (para variar) ameaçava nas bolas paradas de Marcos Assunção e, no Santos, Neymar era caçado a todo instante.

A melhor chance de gol do primeiro tempo saiu aos 44 minutos em linda jogada individual de Daniel Carvalho que obrigou Rafael a praticar linda defesa para segurar o zero no placar.

Muricy Ramalho resolveu trocar o centroavante no intervalo. Saiu Borges para a entrada do "amuleto" Alan Kardec que nada fez. No Palmeiras, a finalização era o grande problema. Marcos Assunção e Daniel Carvalho que o digam.

Após a parada técnica (necessária devido ao forte calor), Rafael evitou, mais uma vez, que o Palmeiras saísse na frente em finalização de Luan.

Até que aos 24 minutos, o teimoso zero a zero deixou de existir e quem marcou foi o aniversariante do dia. Paulo Henrique Ganso cobrou falta e Neymar testou para anotar o centésimo gol como profissional e colocar o Peixe na frente.

Após ficar em desvantagem, Felipão trocou Luan por Maikon Leite e o velocista (que em minha opinião não pode ser reserva) encobriu Rafael, mas o lateral Maranhão salvou a bola que já se encaminhava para as redes. O Santos ainda perderia Ibson, expulso. O meia tinha entrado há pouco no lugar do apagado Elano.

Com um a mais, o Palmeiras partiu como um louco em busca da igualdade. Aos 43 minutos, Assunção mandou para a área e o centroavante Fernandão deixou tudo igual no Prudentão. Quando muitos já comemoravam e se contentavam com o empate, veio a virada. Juninho arriscou de longe e Maranhão, que tinha salvado pouco antes, desviou e a bola entrou no gol de Rafael. Era a virada palmeirense no último minuto da festinha de 20 anos de Neymar. Um verdadeiro presente de grego!