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quinta-feira, 5 de maio de 2011

FREARAM O BONDE

E não é que as surpresas deste meio de semana parecem ser sem fim? Depois da zebra passear na Taça Libertadores. Foi a vez do animal dar as caras na Copa do Brasil. O Ceará foi até o Rio de Janeiro e fez o que ninguém no país havia conseguido. Venceu o Flamengo por 2 a 1 e terminou com a invencibildade dos cariocas na temporada.



No jogo da volta, no Estádio Presidente Vargas, os cearenses jogam pelo empate. O Fla passa com uma vitória por dois gols de diferença. Apesar de sair com a derrota, não sou louco de falar que a parada está resolvida. O Flamengo tem um time muito caro, mais camisa e ainda tem totais condições de reverter a situação.



O time nordestino, comandado por Vagner Mancini, campeão da Copa do Brasil em 2005 pelo modesto Paulista-SP, estava bem distribuído em campo. Ronaldinho obrigou o ex-tricolor Fernando Henrique a realizar boa defesa. Na resposta, Marcelo Nicácio, também de falta, colocou a bola na trave de Felipe. O Flamengo ainda chegou a assustar com Rafael Galhardo, mas FH foi bem novamente.



Já no final do primeiro tempo, veio o primeiro gol dos visitantes. Em nova falta próxima a área, Marcelo Nicácio, desta vez acertou e deixou o Vozão em vantagem no primeiro tempo.



Na etapa complementar, o Flamengo fez muita pressão no início. Thiago Neves tentava levar a equipe ao ataque de qualquer forma, mas os outros jogadores não ajudavam. O camisa sete rubro-negro ainda mandaria uma bola no poste do Ceará, Deivid também teve uma boa chance, mas no contra-ataque, o Vozão aumentou a vantagem em jogada individual de Geraldo em um misto de raça e categoria. O camisa 10 foi levando a bola e tocou na saída de Felipe.



Ronaldinho Gaúcho poderia ter marcado de cabeça, mas desperdiçou e podemos ouvir algo inédito em 2011. Vaias para o R10.



Vanderlei Luxemburgo resolveu mudar o ataque. Saiu Deivid para a entrada do amuleto Wanderley que , em seu primeiro toque na bola, fez o gol do Mengão e justificou a fama de pé de coelho. Logo depois, Geraldo perdeu a chance mais clara da partida e deixou de fazer o terceiro ao mandar por cima na pequena área, já com Felipe batido. O Flamengo também quase chegou ao gol, mas Fernando Henrique defendeu, milagrosamente, uma cabeçada de Ronaldo Angelim para baixo.



O jogo terminou e a pequena torcida presente vaiou o Flamengo. Calma, foi só a primeira vez em que o time sai derrotado de campo, mas os torcedores não são burros e já sabiam que o Flamengo, apesar do título estadual, não vinha convencendo em campo. Esta derrota já estava madura para acontecer. E o Vozão veio lá de Fortaleza para frear o bonde que não tinha freio.

SUPER COXA HUMILHA O PALMEIRAS

Arrasador. Não tem nenhuma outra palavra que possa resumir o que o Coritiba fez contra o Palmeiras no Estádio Couto Pereira na partida de ida das quartas de final da Copa do Brasil. Para muitos, este seria o teste do time que ainda não foi derrotado na temporada. Se foi mesmo, os comandados de Marcelo Oliveira foram aprovados com louvor. Final de jogo: Coritiba 6 a 0 no Palmeiras do especialista em mata-mata Luiz Felipe Scolari.

Quase 30 mil pessoas assistiram a goleada impiedosa do Coxa na volta do goleiro Marcos como titular do Verdão depois de três meses. Esta foi a 24º vitória seguida dos paranaenses. Ao todo são 81 gols em 2011. Impressionante.

O que vale destacar nos donos da casa é a rapidez, entrosamento e o bom toque de bola. Com dois minutos, Bill cruzou e o bom zagueiro Emerson quase marcou. E serviu como ensaio. Aos 11, Rafinha bateu falta e Emerson abriu o placar de cabeça. O segundo gol não demorou. Bill cruzou da esquerda e Davi escorou na pequena área para aumentar.

E poderia ter tido mais, mas Marcos evitou o gol do zagueiro Pereira, também de cabeça. O Coritiba levava muita vantagem nas bolas aéreas. Aos 43, Léo Gago chutou de longe, a bola desviou em Danilo e entrou. 3 a 0.

Quem pensa que o Coxa seguraria a vantagem na etapa final, se enganou redondamente. Mesmo com Wellington Paulista formando o ataque ao lado de Kleber, o Palmeiras não ameaçou Edson Bastos. O quarto gol saiu aos dez, quando Bill sofreu pênalti de Leandro Amaro (substituto de Thiago Heleno). O próprio centroavante bateu colocado sem chances para Marcos.

O Palmeiras estava totalmente entregue em campo. Os jogadores não reagiam. Estavam atônitos. A torcida fazia a festa, gritava olé e insultava Felipão.

Ainda tinha mais. O angolano Geraldo foi avançando e, sem marcação, tocou no canto. Estava fácil demais. O atacante reserva Anderson Aquino também fez das suas e deu números finais ao baile ao passar por dois marcadores e tocar no canto esquerdo de Marcos.

O goleiro palmeirense deixou o gramado cuspindo maribondos. Que dia que Marcos escolheu para retornar aos gramados, hein? Logicamente que o Palmeiras está eliminado. O Coritiba ainda não perdeu em 2011 e o Palmeiras tem de fazer “apenas” sete gols no Coxa para avançar as semifinais. Eu não esperava uma goleada deste tamanho, mas já havia cravado que o Coxa seria um dos semifinalistas da competição.

IGUALDADE NA IDA E VANTAGEM NA VOLTA

Um empate com gols fora de casa em uma partida de quartas de final da Copa do Brasil não pode ser considerado um resultado ruim, mas o Vasco poderia ter tido mais e não apenas o empate em 2 a 2 contra o Atlético-PR na Arena da Baixada.

A decisão da vaga na semifinal será na próxima quinta-feira, em São Januário, e os cariocas podem até empatar sem gols ou em 1 a 1 que avançam de fase na competição. Quem vencer no Rio de Janeiro pegará o vencedor do duelo entre São Paulo e Avaí.

O início de jogo, como esperado, foi de pressão do Atlético. Aos dois, o equatoriano Guerrón não soube aproveitar a falha de Dedé. Só que antes dos dez minutos, o Vasco já tinha chegado em duas ocasiões. Alecsandro apareceu atrasado na pequena área e Éder Luis também desperdiçou excelente chance após bom passe de Diego Souza.

No Furacão, Guerrón era quem mais ameaçava, mas o time da casa sentia falta de um centroavante. Paulo Baier era o homem das bolas paradas e Madson, atuando no ataque, pouco fazia. Madson é baixinho (sem corpo) e pesado (lento) para atuar como atacante.

Aos 34, quase que o Vasco sai na frente. Alecsandro recebeu na intermediária e mandou uma bomba, mas o goleiro Renan Rocha fez bonita defesa. Só que três minutos depois não teve jeito de evitar o gol do Vascão. Diego Souza lançou para Éder Luis que entrou na área e acertou a trave esquerda de Renan, mas a bola voltou nos pés de Alecsandro que marcou e comemorou homenageando Lela, seu pai, ex-ídolo do Coritiba que sempre fazia caretas ao fazer gol. Pelo ato, Alecsandro recebeu cartão amarelo, o terceiro da série, e está fora do jogo da volta no Rio de Janeiro.

No segundo tempo, Adilson Batista acertou o Atlético com uma alteração. Saiu o sumido Robston para entrar o abusado Branquinho. Com isso, mais jogadas para Guerrón foram feitas e Paulo Baier também cresceu na partida.

Assim como no primeiro tempo, o começo foi de muita pressão e logo aos seis veio o empate. Após bate rebate na área vascaína, a bola sobrou para Guerrón e o equatoriano deixou tudo igual de cabeça.

Por pouco, o Furacão não virou, mas Guerrón, que saiu na cara de Fernando Prass, perdeu chance incrível. Na resposta, o Vasco fez o segundo em um chutaço de fora da área de Diego Souza que finalmente fez uma boa partida com a camisa do Vasco.

Mais um empate dos paranaenses poderia ter acontecido em falta próxima à área batida por Paulo Baier, mas Fernando Prass mergulhou para evitar o segundo gol dos anfitriões. Mas aos 41 minutos, Ramon cometeu pênalti claro em cima de Branquinho. Paulo Baier bateu muito bem e deixou tudo igual na Arena da Baixada.

O resultado foi justo, mas o Vasco quase que arranca uma importante vitória. Ninguém pode considerar o empate ruim, mas fica um gostinho de quero mais, já que o time de São Januário vencia até cinco minutos antes de terminar a partida.

Outro Resultado: São Paulo 1 x 0 Avaí.

NOITE TRÁGICA PARA O FUTEBOL BRASILEIRO NA LIBERTADORES


Quarta-feira, dia 4 de maio. Com certeza, esta é uma data para ser esquecida para o futebol brasileiro quando falarmos em Taça Libertadores da América. Simplesmente quatro times deram a adeus a maior competição sul-americana da temporada. Alguns em situações mais do que confortáveis. Cruzeiro, Fluminense e Internacional tinham vantagem para o segundo jogo. Apenas a eliminação do Grêmio que já era meio que esperada pelo derrota em Porto Alegre na partida de ida.



O primeiro a cair foi o Internacional que, com o Beira-Rio lotado, chegou a sair na frente com apenas um minuto de jogo com gol do aopoiador Oscar, mas o Penarol, tradicional time do continente, virou no segundo tempo com gols dos atacantes Martinuccio e Oliveira.



Esta foi a primeira derrota de Paulo Roberto Falcão, mas o treinador colorado perdeu justamente no momento em que não podia e o Inter que não era derrotado em seu estádio há muito tempo, deixa a Libertadores de forma surpreendente. Mas não podemos esquecer que o time uruguaio tem camisa e, historicamente, em nada fica devendo para clubes do futebol brasileiro. Acho que o Penarol pode ganhar moral com esta classificação e chegar bem longe na competição.



O outro representante de Porto Algre também se despediu da Libertadores, mas a tarefa do Grêmio era bem complicada, afinal de contas fora derrotado em casa para o Universidad Católica (atual campeão chileno) e nesta noite, mas um revés, desta vcez por 1 a 0 com gol do experiente Mirosevic. Quem esperava por um Grenal nas quartas de final, terá que se contentar com Penarol e Católica.



A maior zebra da noite e, em minha opinião, maior surpresa do ano no futebol, foi a eliminação precoce do Cruzeiro que fez a melhor campanha da primeira fase, onde terminou de maneira invicta. Lá na Colômbia, vitória para cima do Once Caldas, mas na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas, os colombianos venceram por 2 a 0 e tiraram o melhor time da competição até o momento.



Está certo que a queda do Cruzeiro tem muito a ver com a expulsão do meia Roger ainda aos 30 minutos do primeiro tempo. Os gols da equipe que venceu a Libertadores em 2004 foram marcados pelo zagueiro Amaya e pelo atacante Moreno. Volto a dizer: a maior zebra do futebol mundial em 2011. Cruzeiro fora da Liberatdores ao perder em casa para o Once Caldas, time que fez a pior campanha entre os 16 classificados na primeira fase. Festa do meu amigo atleticano Edigar Cruz.



Por último caiu o atual campeão brasileiro. O Fluminense, conhecido como Time de Guerreiros, sucumbiu em Assunção diante do libertad por 3 a 0. Quem deve estar satisfeito com essa saída do Fluminense é o atacante Emerson, mandado embora das Laranjeiras por atos de indisciplina.



O time de Enderson Moreira segurou a vantagem que fez na partida de ida (3 a 1 ) durante toda a primeira etapa, mas no segundo tempo, o goleiro Ricardo Berna falhou feio (mais uma vez) aos 12 e Rojas abriu o placar, ams ainda dava Flu na soma dos dois resultados. Só que aos 40, Samudio, em mais um chute de fora da área, marcou o segundo que já dava a vaga ao Libertad. E ainda houve tempo para Nuñez fechar o caixão tricolor no último minuto. Festa do meu amigo flamenguista Guilherme Ayupp.



E agora, diretoria tricolor, será que valeu a pena atuar em jogos decisivos sem um treinador de verdade? De que adianta Abel Braga chegar agora com o time fora da Libertadores?



Apenas o Santos representará o futebol brasileiro na Libertadores. Logo o Santos de Muricy Ramalho que não deve estar nada arrependido de ter deixado o Fluminense em março.