Mano Menezes não é mais o técnico da Seleção Brasileira. Em reunião realizada na sede da Federação Paulista de Futebol, o presidente da CBF, José Maria Marin e o vice, Marco Polo del Nero tomaram a decisão.
Nem mesmo o segundo título no Superclássico das Américas, diante da Argentina, foi capaz de manter o treinador. O diretor Andrés Sanches foi contrário ao afastamento de Mano, mas foi voto vencido. Sanches foi quem comunicou a demissão ao treinador. Todos os integrantes da comissão técnica foram demitidos.
Mano Menezes comandou o Brasil em 33 oportunidades. Conquistou 21 vitórias, seis empates e mais seis derrotas. Em competições oficiais, a pífia campanha na Copa América de 2011 e a medalha de prata nas Olimpíadas de Londres desagradaram à cúpula da CBF.
Mano Menezes foi derrotado por seleções do primeiro escalão, como Alemanha, Argentina e França. Só convencia contra adversários fraquíssimos como China, Gabão, Japão e Iraque.
Em pouco mais de dois anos à frente da Seleção, o treinador convocou 102 jogadores. O artilheiro e principal nome na Era Mano foi o atacante Neymar com 17 gols em 27 partidas.
Mano assumiu após a Copa do Mundo de 2010 no lugar de Dunga. Do último Mundial, os únicos remanescentes foram Thiago Silva, que se tornou o capitão da equipe, Daniel Alves, Ramires e Kaká, que retornou há três partidas.
A tendência é que o nome do novo técnico só seja divulgado em janeiro. Os mais comentados são Luiz Felipe Scolari, desempregado desde que saiu do Palmeiras, Muricy Ramalho, do Santos e Tite, campeão da Taça Libertadores com o Corinthians.
Confesso que não esperava pela queda de Mano Menezes, mas se a direção não estava satisfeita com o rendimento, agiu na hora certa. O novo treinador terá tempo antes da Copa do Mundo de 2014. No ano que vem, haverá a Copa das Confederações, evento teste para o Mundial que será disputado em solo brasileiro. Mas acho que a Seleção já teve piores fases desde que o treinador foi contratado. Logo agora que Mano parecia ter encontrado uma base, veio a mudança. Algo muito sério deve ter acontecido em Buenos Aires. Há quem fale em uma discussão entre o então técnico e o presidente da CBF.
Se tivesse que dar um palpite sobre o novo treinador, apostaria em Felipão, campeão mundial em 2002. Muricy também é um nome forte, já que era a prioridade há dois anos, mas na época, o Fluminense não liberou. Escaldado, o treinador disse que só aceitaria um novo convite, caso fosse liberado pelo Santos. Acho que a CBF não gostou nada da recusa de Muricy. Achei estranho ninguém ter colocado em pauta o nome de Abel Braga, atual campeão brasileiro. Em minha opinião, Scolari seria a melhor pedida em todos os aspectos.