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quinta-feira, 10 de maio de 2012

VÁGNER MANCINI ESTÁ FORA DO CRUZEIRO

O Blogo Futebol em Foco já tinha adiantado que a cabeça de Vágner Mancini estava à prêmio. Segue o link postado na última terça-feira: http://tanoesporte.blogspot.com.br/2012/05/na-corda-bamba.html.

Após a derrota e eliminação do Cruzeiro (em casa) diante do Atlético-PR pela Coipa do Brasil, o treinador resolveu entregar o cargo e o presidente Gilvan de Pinho Tavares nem pensou em demovê-lo da ideia. Acho que se não fosse pedido de demissão, os dirigentes mandariam Mancini embora.

O treinador ficou oito meses no clube mineiro e anunciou o pedido de demissão na hora da entrevista coletiva e os repórteres não se surpreenderam.

Agora, a diretoria corre atrás de um substituto a tempo de chegar para a estreia do Campeonato Brasileiro, contra o Atlético-GO no próximo dia 20, no Parque do Sabiá.

O primeiro treinador que teria sido contactado foi Celso Roth, mas a princípio, a pedida salarial exagerada (cerca de 300 mil) esfriou os ânimos dos dirigentes. Outros que circulam pelos bastidores são Levir Culpi, que está de volta ao futebol brasileiro após quatro temporadas no Japão, Adilson Batista (vice campeão da Libertadores pelo clube em 2009) e Jorge Sampaioli, da Universidad de Chile.

Se eu fosse dirigente, nunca pensaria em Celso Roth. Adílson e Levir possuem certa identificação com a Raposa. Talvez optasse pelo segundo, mas sem sombras de dúvidas, gostaria de ver Sampaioli no futebol brasileiro. A La U decide a sorte na Taça Libertadores da América nesta quinta-feira. Em caso de eliminação, o caminho ficaria livre e olha que os chilenos precisam golear o Deportivo Quito (o jogo de ida foi 4 a 1 para os equatorianos). Já ouvi falar que o meia atacante Lorenzetti também pode vir diretamente do time chileno.

Não foi nenhuma premonição bancar a queda de Vágner Mancini. Estava na cara que não é técnico com perfil para comandar um time da grandeza do Cruzeiro. Na Toca da Raposa, quase foi rebaixado no último Campeonato Brasileiro e, neste ano, colecionou  a eliminação na semifinal do Estadual e nas oitavas da Copa do Brasil. Desempenho muito ruim.

SUFOCO, MAS O QUE VALE É A CLASSIFICAÇÃO

O Vasco foi derrotado por 2 a 1 para o Lanús, na Argentina, e como o placar foi o mesmo da partida do Rio de Janeiro, a sorte foi lançada nos pênaltis e os brasileiros levaram a melhor e ficaram com a vaga nas quartas de final da Taça Libertadores da América.

Não precisava de tanto sufoco e sofrimento. A equipe argentina não é forte e fez da garra, a sua principal característica.

O Vasco chegou a sair na frente com Nilton (novidade no time titular), mas no segundo tempo, os anfitriões viraram. Um dos gols foi com a contribuição generosa de Fernando Prass que falhou feio.

Como era de se esperar, Cristóvão Borges não começou com Felipe e Juninho juntos. O primeiro ficou no banco de reservas. Concordei com a decisão, mas para espanto de muitos, o escolhido para substituir o "Maestro" foi Nilton e não Fellipe Bastos.

A equipe da casa dominou nos primeiros cinco minutos. Mas aos poucos, o Vasco colocou a bola no chão e, como tem mais qualidade, passou a ter o poder do jogo.

Aos 18 minutos, a novidade Nilton acertou um tirambaço de 97 km/h e colocou os cariocas em vantagem. Impressionante a curva que a bola fez antes de estufar as redes de Marchesín. Na comemoração, o volante chegou às lágrimas ao lembrar o tempo em que conviveu com as contusões.

Mesmo estando em desvantagem, o time argentino não conseguia ensaiar uma pressão. O Vasco até teve chances de fazer mais gols. Fágner (mais uma partida muito ruim) foi egoísta ao chutar uma bola em que deveria ter cruzado. Diego Souza também teve uma oportunidade, mas mandou para fora.

Pelo lado do Vasco, Eder Luis corria muito e era a melhor opção para o contra-ataque. Desta vez, até que Thiago Feltri jogou bem. Melhor que Fágner.

Na etapa final, o Lanús voltou com tudo. O técnico Gabriel Shürrer colocou o atacante Téo Gutierrez em campo. A equipe cresceu muito de produção e contou com o recuo automático dos cruz-maltinos.

Até que aos 15 minutos, o centroavante Pavone, totalmente livre de marcação, recebeu passe de Valeri, passou por Fernando Prass e deixou tudo igual em "La Fortaleza".

Cristóvão Borges colocou Allan no lugar de Diego Souza. Juninho não estava bem em campo e vivia de bolas paradas. Em uma delas, assustou o goleiro Marchesín que teve de espalmar para escanteio. Tinha endereço certo.

O que os torcedores vascaínos não contavam era com uma falha gritante de Fernando Prass. Aos 32 minutos, em chute de Velázquez (de longe), o arqueiro rebateu bola fácil e Téo Gutierrez mandou para o gol. Era a virada argentina. Agora sim, a pressão.

O placar levava a decisão para a marca da cal, mas o Lanús não desistia e queria a classificação direta. No Vasco, Carlos Alberto entrou no lugar de um exausto Eder Luis, mas o meia errou tudo que tentou e perdia bolas que propiciavam perigosos contra-ataques. No fim, uma cabeçada de Pavone obrigou Prass a difícil defesa. Quase nos acréscimos, o zagueiro Rodolfo errou passe e o time da casa quase chegou ao terceiro.

No fim, o jogo foi mesmo para as penalidades máximas. Antes de terminar, Felipe entou no lugar de Nilton.

Nas cobranças, os vascaínos foram perfeitos. Felipe, Juninho, Carlos Alberto, Renato Silva e (até) Alecsandro marcaram. Pelo Lanús, Romero mandou uma bomba no travessão. Fernando Prass, para variar, não pegou nenhuma cobrança.

O coração dos torcedores quase parou na hora em que Alecsandro (que perdeu as três últimas) se encaminhou para a quinta cobrança, mas o centroavante marcou e garantiu o time de São Januário entre os oito melhores da América do Sul. Agora, que venha o Corinthians!

VITÓRIA SEM SUSTOS E VAGA GARANTIDA

O trauma do Corinthians na Taça Libertadores da América aos poucos vai acabando. Na partida contra o Emelec-EQU pelas oitavas de final da competição, o Timão se impôs e aplicou um 3 a 0, com total tranquilidade que garantiu a equipe na próxima fase. O adversário será o Vasco.

No primeiro jogo, em Guayaquil, empate sem gols, ou seja, só a vitória interessava aos paulistas. O técnico Tite não pôde contar com Jorge Henrique e manteve Liedson entre os reservas. O escolhido para entrar no time titular foi Willian.

Desde o início, o time da casa tomou a iniciativa da partida. A torcida compareceu ao Pacaembu em bom número. Mais de 32 mil torcedores foram prestigiar o time do Parque São Jorge.

O primeiro gol não demorou a sair. Após dividida na área, o lateral-esquerdo Fábio Santos mandou para as redes do goleiro Dreer.

O Emelec se limitava as jogadas com o centroavante Figueroa. O goleiro Cássio, novo titular da meta corintiana, passava segurança. O segundo gol não saiu no segundo tempo por detalhes. Paulinho esbarrou, primeiro, em Dreer e depois ficou na trave.

Na etapa complementar, o Emelec voltou mais abusado e rondava a área brasileira. Mas aos 19 minutos, após bola levantada pelo zagueiro Chicão, desta vez, Paulinho acertou a cabeçada e marcou, para alívio dos torcedores.

A única alternativa para os equatorianos era se lançarem de vez ao ataque, mas o time é fraco. Não assustava tanto. Tirando Figueroa, apenas as bolas paradas preocupavam. No fim, aos 40, em contra-ataque muito bem armado, Alex marcou mais um e matou a partida.

O Corinthians vem jogando bem ultimamente e deixou de ser aquele time pragmático do 1 a 0. Chega forte e com moral nas quartas de final. A zaga é muito boa, talvez a melhor do Brasil. O setor de armação com Alex e Danilo também é excelente. Apenas o ataque que vem deixando a desejar, mas sempre surgem os volantes-artilheiros Ralf e Paulinho. Sem falar em Jorge Henrique que vem sendo, talvez, o melhor da equipe na atual temporada.

EX-TRICOLOR TIRA BOTAFOGO DA COPA DO BRASIL

É parece que acabou o ano do Botafogo que estava invicto até o último domingo. Depois de ser goleado na primeira partida da decisão do Campeonato Carioca, o Alvinegro foi derrotado pelo Vitória por 2 a 1, em pleno Engenhão, e está fora da Copa do Brasil. Cá para nós que esta competição e o Botafogo não combinam. Mais uma eliminação em casa.

Nas quartas de final, o adversário do rubro-negro baiano será o Coritiba que é favorito no confronto, mas devo parabenizar a atuação da equipe comandada por Ricardo Silva que mandou na partida na segunda etapa e merecia placar maior.

O time da casa até que começou bem. No início, o uruguaio Loco Abreu perdeu chance inacreditável, mas pouco depois, após chutão para frente de Fábio Ferreira, Elkeson insistiu em bola quase perdida e marcou para os donos da casa. Na comemoração, o meia resolveu bater boca com os torcedores que o acusam de corpo mole frequentemente. Não é assim que se festeja gol.

O empate do Leão poderia ter saído ainda no primeiro tempo quando Lucas fez uma "defesa" em cima da linha. O lateral, novamente, foi expulso. Na cobrança da penalidade, o excelente Jefferson pegou com os pés a batida do goleador Neto Baiano (pouco notado em campo).

No segundo tempo, Ricardo Silva aproveitou o fato de estar com um a mais e foi para cima. Só dava Vitória. A zaga e o goleiro do Botafogo tentavam se safar como fosse, mas não deu. Aos 12 minutos, Renato (que não é de errar) e Marcelo Mattos falharam e a bola sobrou limpa para Pedro Ken chutar no ângulo de Jefferson. Empate mais do que justo. Até que veio tarde.

Se não fosse o camisa 1, os baianos teriam virado com Rodrigo e Uelliton. As melhores opções para os baianos eram as bolas aéreas e foi desta maneira que o baixinho Tartá marcou o gol da classificação aos 24 minutos. Mais uma vez, algo que lembre o Fluminense fazendo mal ao Botafogo.

A torcida vaiava a equipe o tempo inteiro. O Vitória ainda perderia Pedro Ken, expulso. Loco Abreu quase deixou tudo igual, mas a zaga baiana salvou em cima da linha.

O técnico Oswaldo de Oliveira ainda promoveu a estreia de Vitor Júnior, contratado junto ao Corinthians, mas não deu em nada. No fim, Maicosuel invadiu a área e na hora da finalização, esbarrou no goleiro Douglas.

No fim, mais uma derrota alvinegra. Apenas a segunda no ano. O time demorou a perder, mas quando perdeu, praticamente jogou o semestre (ou ano) fora. Classificação mais do que merecida do Vitória.