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sexta-feira, 9 de novembro de 2018

VEM AÍ A FINAL DA PÁTRIA, A FINAL DO MUNDO

Estamos a um dia da maior decisão, entre clubes, da história do futebol mundial. Não tenho medo de cravar que a final da Taça Libertadores da América entre os vizinhos de bairro Boca Juniors e River Plate supera qualquer outra partida decisiva.

O jogo de ida vai acontecer no mítico palco da Bombonera sem a presença da torcida visitante. A volta, no dia 24 no tradicional Monumental de Nuñez que contará apenas com "hinchas" millonarios. 

Torci muito por essa final. Sou fã declarado do futebol argentino, mas Boca e River decidindo uma Libertadores atrai a atenção até mesmo de Chefes de Estados, seria capaz de parar uma guerra (como fez Pelé no passado) e fazer nomes como Astor Piazzolla, Carlos Gardel e o casal Perón levantar-se das tumbas ou seja é uma PARTIDA DE FUTEBOL. E teremos duas. Gianni Infantino, presidente da Fifa, é esperado em Buenos Aires. Quem gosta de futebol tem que estar ansioso por esse jogo. 

Não sei se são as duas melhores equipes do continente. Talvez não sejam, mas a rivalidade que cerca este clássico, certamente, é a maior do mundo. Boca e River contam com mais de 70% dos torcedores da população de uma nação. Qual outro jogo seria capaz de fazer algo parecido? E engana-se quem pensa que só a Argentina ficará vidrada na telinha. O jogo é isso mesmo que está sendo vendido. A final do mundo.

É muito difícil apontar favorito. Acho o time do River tecnicamente superior, mas a camisa do Boca "cheira" a títulos e a possibilidade de igualar ao Independiente e conquistar a América pela sétima vez, pesa muito. Mas se for para escolher (não torcer), vejo o River Plate com mais chances. A equipe busca o quarto título de Libertadores. Mas seja quem for o campeão, já me dará alegrias. Simplesmente pelo fato de ter a oportunidade de acompanhar uma final de Taça Libertadores entre essas duas equipes gigantes. Será a primeira vez que dois times argentinos decidem a competição. 

Não por acaso, o presidente da Argentina, Maurício Macri disse que não desejava uma final entre os dois maiores rivais. O campeão fará uma festa sem fim pelas ruas da cidade, no Obelisco. Mas imagina a situação do derrotado? Com certeza será uma dor irremediável aos torcedores da equipe que perder. Não haverá possibilidade de revanche.

Entre os elencos, vejo o River com goleiro muito melhor. Armani é excelente, enquanto Rossi não passa confiança aos torcedores. A zaga do River é mais forte fisicamente, mas acho a do Boca mais técnica. No meio, Barrios e Nandez formam uma ótima dupla de volantes, Pablo Pérez é dúvida por lesão. O River tem o promissor e muito bom Palacios e Pity Martínez que pode ser decisivo e costuma fazer gols no maior rival. O capitão Ponzio, está vetado pelo departamento médico. No ataque, eu não deixaria Scocco de fora e nem Benedetto que decidiu a semifinal contra o Palmeiras. Pavón precisa jogar mais e Tévez está no banco de reservas com muita justiça. É quase um ex-jogador e não duvido que se aposente caso conquiste mais uma Libertadores na carreira. Entre os comandantes, Marcelo Gallardo é muito melhor treinador que Guillermo Barros Schelotto.

O maior torcedor da história do Boca Juniors, Diego Armando Maradona deve estar uma pilha. Mas quem não está? Até Papa Francisco que é San Lorenzo deve tirar um tempinho para saborear este jogão. Impossível não pensar nesta partida.

Esta será a última edição de Libertadores em que teremos duas partidas decidindo a competição. Quis o destino que fechasse em grande estilo. Não poderia ser melhor. Que comecem os jogos! Com muita emoção e paz entre torcedores e artistas do espetáculo. 

JUNIOR BARRANQUILLA ENCAMINHA VAGA NA FINAL DA SUL-AMERICANA

Na semifinal colombiana da Copa Sul-Americana, o Junior Barranquilla levou a melhor mesmo fora de casa e conseguiu boa vantagem ao vencer o Santa Fe por 2 a 0. A volta será no próximo dia 29.

O Barranquilla venceu em Bogotá com um gol em cada tempo. Aos 39 da etapa inicial, Téo Gutiérrez driblou o goleiro e abriu o marcador. O lance só foi confirmado após a arbitragem utilizar o VAR e perceber que o atacante não estava em posição ilegal.

No segundo tempo, logo aos três minutos, o lateral-direito Piedrahita acertou um belo chute e ampliou para os visitantes.

O Santa Fe até tentou diminuir, mas as coisas pioraram com a expulsão de Javier López que deu uma entrada muito violenta em Barrera, primo do ídolo nacional Carlos Valderrama. Por pouco não sai o terceiro do time de Barranquilla.

Vi algumas partidas das duas equipes na Taça Libertadores da América. Ambas caíram em grupos de times brasileiros e foram eliminados na fase de grupos. 

O Santa Fe estava na chave do Flamengo e me decepcionou. Mostrou um futebol pobre, pouco produtivo. O Barranquilla esteve mais perto de avançar à segunda fase. Só não se classificou por causa do Palmeiras. Se o Alviverde tivesse perdido na última rodada, os colombianos iriam às oitavas e o Boca Juniors seria eliminado. E o que aconteceu depois? Com certeza deve ter muito palmeirense arrependido.