
Muricy Ramalho pediu demissão do comando técnico do Fluminense após 11 meses de clube. O treinador comunicara ao presidente Peter Siemsen na manhã do último sábado, mas mesmo assim comandou o Tricolor no empate sem gols diante do Flamengo no Engenhão.
O motivo alegado por Muricy foi o não cumprimento da promessa de melhores condições de trabalho. Um centro de treinamento era um pedido constante do profissional que estava irritado com as seguidas contusões dos jogadores. A demissão do vice de futebol Alcides Antunes também não agradou a Muricy Ramalho.
Apesar do título de campeão brasileiro conquistado no fim de 2010, a falta de estrutura fez com que o treinador pedisse demissão. Em agosto, Muricy foi convidado por Ricardo Teixeira para assumir a Seleção Brasileira, mas como não teve o aval do então presidente Roberto Horcades, resolveu não aceitar o convite.
Dizem que Muricy receberá, nas próximas horas, um convite para assumir o Santos, mas o profissional já afirmou que não pretende trabalhar pelo menos nos próximos 30 dias.
Em 54 partidas pelo Fluminense, foram 28 vitórias, 15 empates e apenas 11 derrotas. Nesta temporada, apenas dois resultados negativos (contra o Botafogo na Taça Guanabara e o América-MEX pela Taça Libertadores da América).
A passagem de Muricy pelo futebol carioca foi muito boa. O treinador tirou o Fluminense da fila de 26 anos sem títulos brasileiros. Está certo que a campanha na Libertadores não era a ideal, mas ainda havia tempo para a recuperação. Agora, o Tricolor terá que começar tudo do zero. Além de se recuperar na competição sul-americana, o Flu é obrigado a vencer a Taça Rio, caso queira ser campeão carioca após seis anos.
Alguns nomes já começam a circular pelas Laranjeiras. Parece que o preferido é Dorival Junior, empregado no Atlético-MG, mas Adilson Batista, recém demitido do Santos e Abel Braga no mundo árabe, podem surgir como opções. Outros nomes que estão disponíveis no mercado são: Caio Junior, Emerson Leão e Paulo Cesar Gusmão.