Para alguns, o gol marcado por Daniel Alves que garantiu o empate em 2 a 2 com o Paraguai em Assunção, foi heroico, mas penso diferente. Com o ponto conquistado, a Seleção Brasileira ganhou uma posição e, em vez de terminar a rodada em sétimo lugar, subiu para sexto, ou seja, se a Copa do Mundo de 2018 fosse amanhã estaríamos fora pela primeira vez na história.
Não dá para aceitar ou comemorar um gol que faz o Brasil assumir a sexta colocação nas Eliminatórias que contém dez seleções. Quatro se classificam direto e a quinta vai para uma ridícula repescagem contra o campeão da Oceânia, mas o Brasil é sexto com nove pontos, um atrás de Chile e Colômbia, quarto e quinto colocados respectivamente.
O Paraguai fez 2 a 0 com Lezcano e Benítez (este no início do segundo tempo). O Brasil chegou ao empate muito mais pela recuada paraguaia do que por méritos do time comandado por Dunga. Ricardo Oliveira diminuiu após rebote de Villar em chute de Hulk.
O time da casa, que estava muito otimista em vencer o Brasil mais uma vez como nas duas últimas edições da Copa América que causaram eliminações nossas, recuou e quis garantir o resultado. Será que uma derrota causaria a queda de Dunga? Não acredito e nem acho que a culpa é do treinador. A geração não é das melhores. Sem Neymar, o Brasil só é favorito, hoje em dia, contra as babas (Bolívia, Peru e Venezuela).
Em setembro, o Brasil encara o Equador, que vem de duas derrotas, na altitude e o bom time da Colômbia (hoje mais time que o nosso). E segue o tabu de 30 anos sem vencer o "modesto" Paraguai em Assunção. Vale lembrar que nas últimas Eliminatórias, o Paraguai foi simplesmente o lanterna ao fim da competição. Os tempos mudaram e, para os brasileiros, para pior.
