
A classificação do Flamengo para a fase de grupos da Taça Libertadores da América não foi capaz de acalmar os ânimos na Gávea e a crise está instalada. A presidente do clube, Patricia Amorim, que tinha garantido a permanência de Vanderlei Luxemburgo após o jogo do Engenhão contra o Real Potosí-BOL, resolveu mudar de ideia e (como todos esperavam) demitiu o treinador e toda a comissão técnica. Sobrou até para o diretor executivo Luiz Augusto Veloso.
Segundo informação de um site, dois jogadores do time já sabiam antes do jogo que Luxemburgo estava fora. Os atletas seriam Léo Moura e Ronaldinho. Coincidência ou não, foram os melhores em campo na última quarta-feira. A medida da diretoria em avisar aos atletas era buscar a motivação, já que o ambiente com o treinador era o pior possível. E empenho, realmente, não faltou principalmente ao lateral e R10.
O nome do novo treinador ainda não foi oficialmente revelado, mas será Joel Santana que, inclusive, já pediu demissão do Bahia e está de malas prontas para voltar para o Rio de Janeiro. Joel foi o treinador do Rubro-Negro na eliminação diante do América do México na Libertadores de 2008. A fatídica partida marcava a despedida do técnico que estava indo assumir a Seleção da África do Sul.
O mais curioso de toda essa confusão foi ouvir, em uma rádio de grande circulação, a entrevista da mandatária rubro-negra afirmando com todas as letras de que Luxemburgo era o técnico do Flamengo para a sequência da temporada.
Parece que falta comando ao "Mais querido do Brasil". Os dirigentes estão perdidinhos e logo em ano eleitoral.
Após a demissão, Vanderlei Luxemburgo, concedeu entrevista coletiva e disse que se sentiu "fritado" e humilhado pela diretoria, mas não guarda mágoas e, que se fosse preciso, voltaria a trabalhar no clube no futuro.
Nesta passagem pela Gávea, Luxemburgo foi campeão carioca (invicto) na última temporada e passou grande parte do ano sem perder. No Brasileiro, o quarto lugar garantiu uma vaga na Pré Libertadores e com a vitória sobre o Real Potosí, no Rio de Janeiro, o treinador deixa o cargo com a equipe classificada para a principal competição do continente.
Não foram só dirigentes que minaram a permanência de Luxa. Assim como em 1995, o treinador bateu de frente com o astro da companhia. Na época foi Romário e agora Ronaldinho Gaúcho que não escondeu de ninguém a alegria em saber da queda do "inimigo".
Concordo que Luxemburgo já esteja ultrapassado. Não é mais o mesmo da década passada, mas o que fizeram com o profissional foi muito errado. Todos já sabiam que o treinador seria demitido e a presidente ainda tentou enganar os torcedores ao omitir o fato. Está tudo errado no Flamengo.