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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

A PRIMEIRA VITÓRIA DOS RESERVAS ALVINEGROS

Em jogo atrasado da sexta rodada, o Botafogo, com o time reserva, bateu o Bonsucesso por 2 a 0 em Moça Bonita. Esta foi a primeira vitória dos suplentes no Estadual.

Uma prova de que a torcida do Botafogo está pouco se lixando para o Carioca foi o público pífio de 456 torcedores, menor entre partidas que envolvam times grandes na competição.

As principais novidades do técnico Eduardo Hungaro foram os estreantes Hélton Leite (filho do ex-goleiro do Atlético-MG, João Leite) no gol e do meia Ronny que na primeira jogada, tropeçou na bola e caiu no gramado.

O Alvinegro venceu com dois gols de pênalti que saíram na etapa final. Primeiro, Luiz Otávio não afastou a bola e derrubou Henrique na área. O atacante bateu e marcou. Dois minutos depois, mais uma penalidade a favor do Botafogo. Alex chutou, Lopes fez a defesa, mas no rebote, Bolatti foi derrubado. O argentino foi para a cobrança e marcou pela primeira vez com a camisa do Glorioso.

O Bonsucesso praticamente não passou do meio de campo. Nem mesmo com a entrada do experiente atacante Somália, a situação melhorou. Lopes ainda evitou que o Botafogo marcasse mais gols. Gegê e Henrique tiveram chances, mas não conseguiram colocar a bola na rede.

O Botafogo venceu, chegou aos oito pontos, mas não deve ser um dos semifinalistas da competição, o que abre uma vaga para um time pequeno que deve se juntar a Fluminense, Flamengo e Vasco na busca pelo título estadual.

FLA PERDE NA ESTREIA E COLOCA NA CONTA DA ARBITRAGEM

O Flamengo não resistiu ao atual campeão mexicano e foi derrotado pelo León por 2 a 1 na abertura do Grupo 7 da Taça Libertadores da América. Na história, o Rubro-Negro nunca conseguiu estrear com vitória fora de casa. Antes do jogo, homenagem ao ex-jogador Tita, ídolo dos dois clubes.

A qualidade dos mexicanos e a altitude não foram os principais adversários. O que dificultou muito foi a expulsão de Amaral logo aos 12 minutos do primeiro tempo. O volante deu uma voadora no adversário e recebeu o cartão vermelho com muita justiça. Os flamenguistas reclamaram muito da arbitragem do colombiano José Hernando Buitrago, caseiro demais.

Mesmo com um a menos, o Flamengo lutou, soube marcar muito bem e contou com noite inspirada de Felipe que evitou um placar maior. Até pênalti o goleiro pegou.

Ainda com o placar em branco, Hernane acertou uma cabeçada no travessão que deixaria o Flamengo em vantagem no marcador. Mas foi o León quem saiu na frente após pênalti muito duvidoso de Hernane em cima de Boselli. Se fosse para o outro lado, acho que não seria marcado. O centroavante argentino bateu e colocou o time da casa em vantagem.

Mas o Flamengo não se abateu e chegou ao empate aos 43 minutos com Cáceres em bola levantada por Elano. O paraguaio foi um verdadeiro guerreiro. Não pode ficar fora do time de Jayme de Almeida.

No segundo tempo, o Flamengo sentiu o cansaço e apenas se defendia. Felipe fazia o que podia para evitar o segundo gol. André Santos cometeu pênalti (este sim, foi claro) em  Arizala (melhor do time). Boselli resolveu tentar uma cavadinha e atrasou a bola para o goleiro rubro-negro.

Por pouco, o Flamengo não fez o segundo. Após bola alçada na área, Cáceres e Samir tentaram e a trave salvou os mexicanos.

Mas o León sabia que não poderia deixar escapar a vitória em casa e com um jogador a mais durante quase toda a partida. Aos 22, o colombiano Arizalas aproveitou bobeada da zaga e marcou o segundo. No fim do jogo, o León seguiu na pressão total e Boselli ainda mandou duas bolas no poste.

A vitória mexicana foi justa. A reclamação do Flamengo quanto ao primeiro pênalti faz sentido. A chave não é fácil. Vejo muito equilíbrio no grupo. Mais do que nunca, a torcida terá de jogar juntos nos jogos do Maracanã.

DERROTA E PRECONCEITO RACIAL

A Taça Libertadores da América não é uma competição fácil. Quem poderia esperar que o atual campeão brasileiro fosse estrear com derrota diante do Real Garcilaso, do Peru? Foi o que aconteceu. Os mineiros saíram na frente, mas levaram a virada na etapa final em uma partida que aconteceu algo inadmissível com o volante Tinga que foi alvo de racismo da torcida local que imitava som de macaco toda vez que o atleta pegava na bola. A Conmebol estuda uma punição severa e uma exclusão dos peruanos da competição não está descartada.

Além do time peruano, o Cruzeiro teve de encarar 3200 metros de altitude. No Brasil, não deve ter dificuldades para vencer, mas começou mal e está na lanterna do grupo que ainda conta com Defensor-URU e Universidad de Chile-CHI.

O Cruzeiro começou melhor e quase abriu o placar aos três minutos com Ricardo Goulart. Até que aos 19 minutos, o zagueiro Bruno Rodrigo deixou o campeão brasileiro em vantagem. Ainda no primeiro tempo, Dagoberto mandou uma bola na trave de Pretel.

Mas no segundo tempo tudo mudou. Sentindo o desgaste da altitude, o Cruzeiro foi dominado e o Real Garcilaso logo chegou ao empate com Britez. Antes, Dedé já tinha salvo uma bola quase em cima da linha.

Aos 16 minutos veio a virada com Rodríguez após cobrança de falta de Ramua para a área que contou com falha conjunta do goleiro Fábio que saiu muito mal e do zagueiro Dedé que não fez o corte. 

Marcelo Oliveira resolveu fazer três modificações, inclusive a entrada de Tinga que foi hostilizado com atos de racismo toda vez que pegava na bola. Lamentável. O pior de tudo é saber que a Conmebol não deve fazer nada. Nunca vi nada tão omisso quanto a Confederação Sul-Americana de Futebol.