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quarta-feira, 25 de novembro de 2020

GRACIAS, DIEGO!


O Futebol em Foco nunca foi de falar de coisas tristes, mas eu não pude me furtar a escrever sobre Diego Armando Maradona. O craque argentino de 60 anos nos deixa após passar mal em casa. Uma parada cardiorrespiratória seria a causa da morte do ex-jogador que vinha trabalhando recentemente como treinador do Gimnasia La Plata.

Maradona precisou ser internado no início do mês e foi submetido a uma cirurgia no cérebro. Saiu do hospital há duas semanas. Estava em uma casa no município de Tigre cercado de cuidados, mas não conseguiu sobreviver à parada cardíaca.

Vou me ater a falar de Maradona dentro dos campos. Não é momento de lembrar coisas ruins. Claro que ele já fez muitas bobagens, mas ele fez mal a si mesmo e por isso morre precocemente deixando uma nação orfã. Uma nação não, mas grande parte do mundo. Na Itália, mais precisamente em Nápoles, ninguém é tão aclamado como o argentino que passará a batizar o Estádio San Paolo. A casa do Napoli se chamará Diego Armando Maradona. Assim como o Estádio do Argentinos Juniors no bairro de La Paternal em Buenos Aires.

Revelado pelo Argentinos Juniors, chegou ao Boca Juniors em 1981. Chegou à Europa para jogar no Barcelona, onde teve uma passagem apenas regular, mas na Itália fez do mediano Napoli bicampeão nacional e vencedor de uma competição europeia. No Sevilla, outra passagem tímida. Voltou à Argentina nos anos 90 e jogou no Newell's Old Boys e encerrou a carreira em 1997 no Boca Juniors, time do coração.

Pela Seleção, foi campeão mundial sub-20 em 1979. Foi preterido da lista da Copa de 1978. Em 1982 terminou a participação na Copa com um cartão vermelho contra o Brasil, mas deu o troco oito anos depois eliminando os brasileiros no Mundial da Itália, onde fez com que alguns napolitanos torcessem contra a Azzurra na semifinal. O auge foi a Copa do México em 1986 em que carregou a Albiceleste rumo ao título com direito a dois gols nas quartas de final contra a rival histórica, Inglaterra. Vitória por 2 a 1 com dois gols dele. Marcados em quatro minutos. O primeiro foi o famoso "La Mano de Dios" e o segundo foi somente o mais bonito da história de todas as Copas do Mundo em que enfileirou adversários e fez um gol de placa.  Foi o treinador da Argentina na Copa de 2010 e a Seleção caiu ans quartas de final após ser goleada pela Alemanha.  

Um pouco graças a Maradona vem toda minha admiração pela Argentina e pelo futebol argentino. Não só por Diego, mas também por Messi. Algo que me orgulho muito aconteceu em 2014. Trabalhando no IBC na Copa do Mundo, fiz uma entrevista com Maradona. Claro que paguei de fã e tentei uma foto que foi prontamente negada. A roupa que eu usava tinha o logotipo de uma empresa que o argentino negociou para ser comentarista, mas as negociações não avançaram. Parece que o "hermano" guardou mágoa do grupo. Mas não desisti. Dias depois, "à paisana", cerquei-o e como um autêntico argentino o chamei de Diego e pedi a foto. Claro que ele não lembrava da minha roupa de dias atrás e concedeu o agrado. A selfie ficou totalmente sem foco. Confesso que tremi no momento. Estive ali ao lado de Maradona. Posso dizer até que consegui enganar Diego. Mas foi um dos momentos que mais guardo da minha profissão. Cobrir uma Copa do Mundo e ter uma foto com Diego Maradona.   

Maradona vai descansar. Algo que ele não era muito fã. O craque abusou da vida. Estava na cara que não tinha saúde. O álcool e as drogas levam de forma prematura o MAIOR personagem da história do futebol. Em todos os tempos. Não teremos nunca outro Maradona. Não o acompanhei no auge, mas ao mesmo tempo, como fã que sou, assisti tudo que ele fez no futebol e, dentro das quatro linhas, foi genial, Um D10S! Não por acaso tem uma igreja na Argentina e verdadeiros fiéis. E não só na Argentina.

REAL VENCE E INTER DE MILÃO SOFRE NA CHAMPIONS LEAGUE

Em situação delicada na tabela de classificação, a Internazionale recebeu o Real Madrid pela quarta rodada da fase de grupos da Champions League. A derrota por 2 a 0 no Giuseppe Meazza praticamente elimina o time italiano que ainda não venceu na competição.

Com a vitória, o Real Madrid chega aos sete pontos e assume a segunda posição no grupo que tem o Borussia Mönchengladbach na liderança com oito. O Shakhtar Donetsk, com quatro, ainda tem chances de classificação

Logo aos quatro minutos, o time espanhol saiu na frente. Barella derrubou Nacho na área. Pênalti marcado e convertido por Hazard. Pouco depois, a trave impediu o segundo do Real em chute de Lucas Vázquez de fora da área.

A situação do time da casa piorou quando o chileno Vidal pediu pênalti. O árbitro não marcou e o meia reclamou, levou amarelo, mas resolveu dar uma peitada no juiz e acabou expulso.

No segundo tempo, o time italiano reclamou de mais um pênalti. E o Real aumentou o placar aos 13 com Rodrygo. O brasileiro tinha entrado no lugar de Mariano Díaz há menos de um minuto. Vinícius Júnior também entrou e quase aumentou, mas o chute foi para fora.

GABIGOL VOLTA, MARCA, MAS FLAMENGO FICA NO EMPATE COM O RACING

Racing e Flamengo ficaram no 1 a 1 em Avellaneda pelas oitavas de final da Taça Libertadores da América. O time da casa, que vinha de quatro derrotas seguidas, saiu na frente, mas logo depois, o atual campeão igualou com Gabriel que voltou ao time após lesão.

Na volta, na próxima terça-feira, um empate sem gols garante o Flamengo nas quartas de final. Mas o mais difícil é o time rubro-negro não sofrer gol.

Sem poder contar com Isla que sentiu no aquecimento, Rogério Ceni improvisou Renê na lateral direita. Na zaga, Thuler ganhou a vaga ao lado de Léo Pereira, mas logo aos 12 minutos, o Racing marcou. Fabrício Domínguez fez boa jogada pela direita e cruzou para Fértoli que tocou por baixo de Diego Alves.

Mas a vantagem argentina não durou muito. Três minutos depois, Bruno Henrique fez a jogada e Gabriel deixou tudo igual. O atacante tornou-se o segundo maior goleador do Flamengo em Libertadores. Fez o 11º gol dele pelo clube na competição. Passou Renato Gaúcho e está atrás apenas de Zico.

O Racing quase marcou com o capitão Lisandro López, mas não foi hoje que chegou ao fim o tabu do centroavante que não balança as redes há mais de mil minutos. O Flamengo respondeu com Bruno Henrique deu belo drible no marcador, mas a finalização foi na trave. O atacante teve grande atuação. Foi o melhor em campo.

No segundo tempo, o Racing começou melhor. Aos cinco, Lisandro López perdeu boa chance. Ceni sacou Gabriel e colocou Vitinho que entrou bem.

O time argentino teve dois gols anulados e o Flamengo teve um. Marcado por Arrascaeta, mas foi flagrado impedimento de Vitinho O zagueiro Thuler foi expulso aos 35 minutos e o time brasileiro teve que se segurar até o fim. 

No fim das contas, o empate foi um resultado justo e não ficou ruim para o Flamengo que tem mais time e totais condições de vencer no Maracanã na próxima semana.