Ah é Edmundo, Ah é Edmundo!!! Este foi o grito entoado nas arquibancadas de São Januário para a despedida oficial do Animal. A festa foi mais do que merecida. Poucos jogadores tiveram tanta identificação e carinho por um clube como na relação Edmundo-Vasco da Gama.Muitas foram as homenagens. Placar eletrônico mostrando os melhores momentos da carreira do jogador pelo clube cruz-maltino, queima de fogos de artifício na entrada do time em campo, palavras de carinho do atual presidente, Roberto Dinamite e inúmeras faixas, bandeiras e camisas. Tudo para Edmundo. Até a presença de Eurico Miranda que não aparecia há três anos.
A vitória por 9 a 1 sobre a equipe sub-20 do Barcelona de Guayaquil foi o que menos importou em São Januário. O adversário foi escolhido pelo próprio atleta que disse que esta foi a partida que não jogou, mas era a que mais gostaria de ter disputado com a camisa do Vasco. Foi sobre os equatorianos que, em 1998, o Vasco conquistou seu troféu mais importante, a Taça Libertadores da América.
Mais de 21 mil pessoas estiveram na Colina para dar adeus ao ídolo. Para muitos (inclusive eu), o jogador foi o melhor do Planeta em 1997, onde só faltou fazer chover na campanha do título brasileiro.
Antes do jogo, Juninho passou a braçadeira de capitão para o dono da festa que em breve completará 41 anos. Mas mesmo assim conseguiu jogar por 85 minutos.
A partida começou e aos dez minutos, Eder Luis fez linda jogada pela direita e cruzou para Edmundo que pegou muito embaixo e mandou por cima da meta defendida por Morales, mas o primeiro gol não poderia ser de outro.
O lateral-esquerdo Thiago Feltri fora derrubado fora da área, mas o árbitro carioca Marcelo de Lima Henrique resolveu ajudar e marcou pênalti. Marcado por falhar em momentos decisivos, Edmundo caminhou calmo e tranquilo para a cobrança e deslocou o goleiro do Barcelona-EQU.
O segundo gol também começou com o camisa 10 passando para Fagner que encontrou Alecsandro na área. O camisa 9 se livrou da marcação e marcou mais um.
O terceiro gol foi uma belíssima jogada. Edmundo fez lindo lançamento para Fagner que cruzou após evitar a saída da bola e o Animal , na área, pegou de primeira. Belo gol que seria o último de Edmundo com a camisa do Vasco.
No final do primeiro tempo, Dedé falhou feio e os equatorianos diminuíram com o também experiente Asencio. Só que antes de terminar a primeira etapa, Juninho, com extrema maestria, colocou a bola no ângulo de Morales e anotou o quarto do Vasco.
No segundo tempo, um apagão não foi capaz de esfriar a festa que vinha das arquibancadas. Mesmo na escuridão, a torcida não parava de cantar e relembrar os bons tempos.
O quinto gol do Vasco foi um gol contra, após finalização de Eder Luis. Depois de 20 minutos de interrupção (por falta de energia), Fellipe Bastos, de falta, marcou o sexto.
Fellipe Bastos e Allan entraram muito bem e foram os responsáveis pelo sétimo gol marcado por Allan. O oitavo foi de Diego Souza em forte chute cruzado.
Até que aos 40 minutos, Cristóvão Borges colocou Willian Barbio no lugar de Edmundo. Todos de pé em São Januário para aplaudir o ídolo pela última vez. Ao sair de campo, o som do estádio tocava o hino do clube. Visivelmente emocionado e às lágrimas, o ex-atacante apenas agradecia de coração.
Ainda houve tempo para o nono gol, marcado novamente por Allan. Mas como disse anteriormente, o resultado foi o que menos importou.
Parabéns ao Vasco pela linda festa e a Edmundo que terá para sempre a eterna gratidão de um dos maiores times do futebol brasileiro. Não é absurdo nenhum dizer que Edmundo, para alguns, é o maior ídolo da história do clube carioca. Ou estou enganado?
