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quinta-feira, 22 de março de 2012

O MELHOR REFORÇO DE 2012

Estamos no final do primeiro trimestre e já podemos apontar, sem medo de errar, qual foi a melhor contratação no futebol brasileiro em 2012. O atacante argentino Hernán Barcos chegou ao Palmeiras cercado de desconfiança. Será que finalmente o Alviverde conseguiria achar um centroavante? Bastaram dois meses e poucos jogos para o matador cair nas graças da torcida e receber muitos elogios não só da imprensa como do chefe, Luiz Felipe Scolari.


Barcos, que está prestes a completar 28 anos, estava na LDU-EQU e para quem acompanha futebol, o sucesso no Brasil não seria muito difícil de acontecer. Na última edição da Copa Sul-Americana, Barcos, com muitos gols, conduziu o time equatoriano até a decisão, onde foram derrotados pela Universidad de Chile.


O atacante começou a carreira em seu país de origem com a camisa do Racing, mas não teve sucesso. Deixou a Argentina e foi para o Nacional-PAR. Depois começou a escrever uma bonita passagem no Equador, primeiro pelo Olmedo, onde marcou 26 gols em 43 jogos. Foi parar na Sérvia e na China. Na ásia, atuou no Shanghai Shenhua e no Shenzhen (onde teve média de um gol por jogo nas 14 partidas que disputou).


Mas o reconhecimento mesmo só veio na LDU. Chegou ao clube em 2010, por isso não participou dos títulos da Libertadores (2008) e da Sul-Americana (2009). Em 92 jogos, marcou 53 vezes.


O Futebol em Foco já tinha falado bem do atleta no final do ano passado. No Palmeiras, "El Pirata", como gosta de ser chamado, já fez nove gols (sete no Paulista e mais dois na Copa do Brasil). Isso tudo em apenas 11 partidas.


O sucesso é tão grande que os torcedores nem idolatram mais outro estrangeiro do elenco: o chileno Valdívia.


E pensar que em 2011, a posição de centroavante dava tanta dor de cabeça para Felipão. Ora com Fernandão, ora com Ricardo Bueno, o time não se encontrava, mas depois que Barcos chegou, os problemas sumiram.


A dupla de ataque ao lado de Maikon Leite é um dos pontos fortes do time que não perde há 21 jogos. É a maior invencibilidade entre os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro.


Barcos terá uma missão para aumentar ainda mais o carisma com os torcedores. No próximo domingo, o Palmeiras vai defender a liderança do Paulistão, no clássico contra o Corinthians, às 16 horas no Pacaembu. Já imaginaram se o Pirata detonar o maior rival?

UMA DUPLA DE ATAQUE QUE MERECE SER OBSERVADA

Os Campeonatos Estaduais são bons para conhecermos jogadores que podem brilhar em grandes equipes e não é de hoje que acompanho e vejo com muito bons olhos, a dupla ofensiva que atua no Figueirense. Não é por acaso que a equipe possui o melhor ataque do futebol brasileiro com 41 gols, em 13 jogos, o que dá uma média de 3,15 por partida.


Aloísio, 23 anos, (10 gols em 2012) e Júlio César, 32 anos, (seis gols em 2012) se compeltam e dificilmente deixam uma partida sem, que pelo menos um dos dois, balance as redes adversárias.

Com certeza, são dois matadores e que teriam vaga em muitos clubes do futebol brasileiro. Por exemplo, Flamengo e Vasco vivem à procura de atacantes. As torcidas de ambos sempre questionam a qualidade técnica tanto de Deivid quanto Alecsandro. Por que não apostar em um dos atacantes do Figueira?


No final do ano passado, Júlio César até foi especulado no Vasco, mas a negociação não avançou e o centroavante, cria do Fluminense, fez um belo Campeonato Brasileiro, marcando 11 gols para a equipe catarinense. Aloísio marcara quatro vezes, mas durante a competição, perdera a vaga para Wellington Nem, revelação do Brasileirão (hoje no Tricolor Carioca).


No Estadual deste ano, ninguém segura o Figueira do técnico Branco. A equipe já abocanhou o primeiro turno e lidera o returno com dez pontos, em quatro rodadas, ao lado do Joinville. No ano, foram 13 jogos, com nove vitórias, três empates e apenas uma derrota (para o Chapecoense).

JUNINHO ENTRA E COMANDA VITÓRIA

O clima preparado foi o de guerra. Fogos um dia antes para não deixar o adversário descansar, pedras no ônibus na chegada ao local do confronto, mas tudo começou lá em Assunção. Até com acusações de racismo. O Vasco precisava e venceu o Libertad-PAR, por 2 a 0, em São Januário. Faltou mais um gol para assumir a liderança do grupo, mas os três pontos foram muito valiosos. Até porque, esta foi a última partida do time no Brasil. A vaga terá que ser conquistada fora.


O técnico Cristóvão Borges não escalou Felipe e Juninho juntos, mas foi para o jogo com três atacantes. Além de Alecsandro, tinha Eder Luis e Willian Barbio (que errou várias jogadas) nas pontas. Romulo também estava de volta ao time titular, na vaga de Nilton. O time paraguaio veio em busca de um empate, que seria algo maravilhoso pra eles.

No primeiro tempo, o Vasco, apesar de dominar na posse de bola, errava muitos passes e não assustou tanto. O time visitante incomodava, principalmente com o meia argentino Civelli.

No segundo tempo, Cristóvão mexeu e voltou com Juninho Pernambucano e Allan nos lugares de Eder Luis (muito mal) e Eduardo Costa.

Eu confesso que nunca gostei do futebol "curinga" de Allan, mas o volante entrou muito bem e melhorou o time ofensivamente. Juninho já é conhecido por sua qualidade técnica. Apenas aumentou a sua idolatria por São Januário.


A primeira chance da segunda etapa saiu bem cedo. Fagner cruzou e Alecsandro cabeceou na rede pelo lado de fora. Teve gente no estádio que gritou gol.

Mas aos oito minutos, o grito desentalou e o placar novo foi inaugurado. Diga-se de passagem que trata-se de um lindo telão. Juninho recebeu na esquerda e bateu fechado, o goleiro Muñoz entrou com bola e tudo. Festa na Colina!

O Libertad sentiu o golpe e, aos 16 minutos, Willian Barbio tocou para Allan que cruzou, na medida, para Alecsandro escorar para as redes. Depois de ter perdido duas penalidades em São Januário, o artilheiro fazia as pazes com o gol.

Faltava só um gol para o time brasileiro sair com a ponta da chave. Juninho tentou, em cobrança de falta, Fellipe Bastos também, de fora da área, mas não deu. Os paraguaios quase diminuíram no final com o atacante Velázquez que assustou o goleiro Fernando Prass.

A vitória foi muito importante, por ser a última partida disputada em casa. Talvez com mais três pontos, já venha a classificação, de forma antecipada. Até seria bom, para não depender de um resultado, na última rodada, diante do Nacional, em Montevidéu.

QUE SUFOCO, BOTAFOGO!

O Botafogo nasceu mesmo para passar sufoco na Copa do Brasil. Bastava uma vitória simples, em casa, contra o modesto Treze da Paraíba, mas o Alvinegro complicou e empatou em 1 a 1, mesmo com um jogador a mais e a sorte foi lançada nas cobranças de pênaltis. Sorte que em General Severiano tem um goleiro chamado Jefferson.


O fato preocupante começou antes da bola rolar. Mesmo com o jogo sendo no Engenhão, a torcida do Botafogo "brigava" com os paraibanos para ver quem colocava mais gente no estádio.


Será que tem alguma coisa pior do que começar perdendo? Logo aos dois minutos, Amaral chutou de longe, contou com desvio no zagueiro Fábio Ferreira e o Treze sairia na frente. Era tudo que o time visitante desejava.


O empate até que não demorou. Aos 21, Loco Abreu, que não fazia gol há mais de um mês, deu o ar da graça e se antecipou ao goleiro Beto e marcou, empatando para o Alvinegro.


Não faltavam espaços para o time paraibano, mas a pontaria não era nada boa. No final do primeiro tempo, Herrera falhou na conclusão, Beto defendeu e o jogo foi para o intervalo empatado.


O técnico Oswaldo de Oliveira resolveu trocar Herrera por Jobson, mas quem ameaçava era o Treze. Carlos Alberto assustou o goleiro Jefferson.


Jobson respondeu após tabelar com Fellype Gabriel, mas o Treze não estava acanhado e Thiago Cunha foi ao ataque e deu trabalho, mais uma vez. O Bota poderia ter desempatado em duas oportunidades. Primeiro, o goleiro Beto fez bela defesa em cabeçada de Loco Abreu. Na sequência, o zagueiro Antônio Carlos perdeu boa chance.


O goleiro Beto (um dos melhores em campo), atrapalharia Loco Abreu novamente. O Treze perderia Carlos Alberto, que foi expulso pelo árbitro Ronan Marques da Rosa. Oswaldo de Oliveira colocou Caio e Felipe Menezes no jogo, mas de nada adiantou e a partida só foi decidida nas penalidades máximas, o que não deixa de ser vergonhoso. Ainda mais que aconteceu a mesma coisa no ano passado, diante do River-SE.


Os batedores alvinegros, com exceção de Renato e Loco Abreu acertaram as cobranças. Sorte que existe um goleiro chamado Jefferson, o melhor do Brasil. O Alvinegro venceu por 3 a 2, com duas penalidades defendidas pelo arqueiro que ainda merece uma vaga na Seleção Brasileira.