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terça-feira, 4 de maio de 2010

QUANTO SOFRIMENTO


Teoricamente o São Paulo pegou o adversário mais tranquilo entre os brasileiros nas oitavas de final da Taça Libertadores, mas a teoria passou longe da prática e a vaga são paulina na próxima fase só foi obtida depois das cobranças de pênalti. A equipe empatou em 0 a 0 com o Universitário-PER no Morumbi, mas está classificado graças as penalidades. O adversário do Tricolor sairá amanhã em Montevidéu no jogo entre Nacional e Cruzeiro.

Ricardo Gomes escalou Fernandinho e Dagoberto na frente para ver se conseguia vencer a defesa peruana que é a menos vazada da competição junto com o São Paulo com apenas dois gols sofridos em oito jogos.

Os brasileiros sempre buscaram o ataque, enquanto os peruanos jogaram recuados a maior parte do jogo. Rodrigo Souto deu esperanças à torcida quando mandou uma bola na trave do goleiro Llontop. Já no fim do primeiro tempo, Fernandinho usou a velocidade para ganhar a jogada e concluiu na rede pelo lado de fora. Muito pouco para quem jogava contra um time sem nenhuma tradição e por isso, o São Paulo deixou o campo, para o intervalo, sob vaias.

Querendo marcar a qualquer custo. Ricardo Gomes colocou Washington no lugar de Jorge Wagner. O time até que criava, mas pecava na hora de finalizar. Como aconteceu com Marlos aos 12 minutos. O primeiro chute a gol dos peruanos saiu aos 17 minutos da etapa final com Rabanal.

O São Paulo até chegou perto, principalmente com Washington em duas chances, mas a pontaria não estava em dia. O tempo ia passando e a torcida tentava empurrar. No fim, Ricardo Gomes viu que a vaga seria decidida nas penalidades e tratou de colocar em campo um bom batedor: Marcelinho Paraíba. E no fim, a torcida vaiou, com toda a razão, pois não precisava passar tanto sofrimento contra um time do Peru em pleno Morumbi.

Nas cobranças, o Universitário bateu primeiro e fez e para desespero das mais de 43 mil pessoas, Rogério Ceni bateu e Llontop fez a defesa, mas o capitão se redimiu ao pegar os chutes de Alva e Galvan (ex-Atlético-MG e Santos). Hernanes, Marcelinho Paraíba e Dagoberto fizeram e garantiram a suada classificação.

Volto a dizer que este time do São Paulo não me traz nenhuma confiança. Não tem craque. Apenas alguns bons jogadores (Hernanes, Jorge Wagner, Fernandinho, Dagoberto) e é uma equipe que dificilmente convence. Será que a culpa não é do Ricardo Gomes? Independente do adversário da próxima fase, não acredito que os paulistas avancem na competição se continuarem com este estilo de jogo.

UM VERDADEIRO ÍDOLO


Uma das cenas mais emocionantes do jogo que deu o título mineiro ao Atlético-MG aconteceu aos 42 minutos do segundo tempo, quando o ídolo da torcida, Marques recebeu passe açucarado de Ricardinho e fez o gol da vitória sobre o Ipatinga no Mineirão lotado.

A torcida pedia pela entrada do atleta, afinal de contas, o ídolo tinha de estar presente naquele momento, mas ninguém imaginava que o experiente atacante faria o gol. Na comemoração, Marques tirou a camisa pendurou na bandeira de escanteio e ficou agitando em frente a massa atleticana.

É inegável que Marques é um dos maiores jogadores que já vestiram a camisa do Galo. Este paulista de 37 anos, já passou por Corinthians, Flamengo, São Paulo e Vasco no Brasil, mas a identificação com o Atlético é impressionante.

Pelo Galo, Marques conquistou três campeonatos mineiros (99/2000 e 2010), a Copa Conmebol e a Copa Centenário de Belo Horizonte ambas em 1997.

Não tenho medo nenhum de afirmar que Marques é um dos dez maiores jogadores que passaram pelo clube mineiro. Entre os atacantes, deve ficar atrás apenas de Reinaldo e Dadá Maravilha. Diego Tardelli também tem uma linda passagem pelo clube, mas acho que Marques é mais ídolo da galera.

Este foi o último campeonato mineiro que o jogador participou, já que Marques declarou que 2010 será o ano em que vai encerrar a carreira e com certeza será homenageado pela fanática torcida atleticana.