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segunda-feira, 27 de junho de 2011

UM GIGANTE REBAIXADO

Um país que adora futebol está triste. O River Plate, maior campeão argentino com 34 títulos nacionais, apenas empatou em 1 a 1 com o Belgrano e foi rebaixado para a segunda divisão pela primeira vez na história. Clube com mais de 18 milhões de torcedores (quase metade da população argentina), escreveu neste domingo o capítulo mais vergonhoso de seus 110 anos de fundação. Nesta mesma data, há 15 anos, o River vencia o América de Cali-COL e sagrava-se bicampeão da Taça Libertadores da América.


Na primeira partida, disputada em Córdoba, o Belgrano venceu por 2 a 0 e jogará a divisão principal na Argentina. O River saiu na frente e deu esperanças aos mais de 60 mil torcedores que lotaram o Estádio Monumental de Nuñez. O gol foi marcado por Pavone. Antes disso, o Belgrano chegou a marcar um gol, mas o lance era ilegal e foi corretamente anulado pelo trio de arbitragem.


A torcida estava eufórica e apoiava muito o time, mas o nervosismo tomava conta da tradicional equipe. O River pressionava, mas o Belgrano conseguia segurar os “Millionarios”.


No segundo tempo, os visitantes passaram a atacar e como o River tem um sistema defensivo bem fraco, Farré deixou tudo igual. Ali começava o desespero. Os mandantes ainda tiveram um pênalti marcado a favor, mas Pavone, autor do gol, bateu forte no meio e Olave fez a defesa sem dar rebote.


A torcida já estava mais do que preocupada e não houve jeito. O desespero saiu das arquibancadas e chegou aos jogadores que erravam tudo. O elenco é jovem e não conseguiu evitar o vexame. Foi uma tragédia. Após o jogo, os torcedores promoveram quebra-quebra e a partida teve de ser encerrada um minuto antes. Muita violência nas arquibancadas. Tudo era tacado para dentro do gramado e o estádio terá de passar por um reforma emergencial, já que lá será a final da Copa América no final do mês.


O River Plate não merecia passar por isso. É uma das principais equipes do continente e porque não dizer do mundo. Até jogadores identificados com o Boca Juniors, casos de Maradona, Riquelme e Tevez não queriam a queda do rival.


Uma parte de Buenos Aires está de luto. Com certeza este dia ficará marcado na história do futebol argentino e este fato será lembrado com uma das maiores decepções do ano de 2011. Não podemos colocar a culpa no presidente Daniel Passarella. Não é de hoje que o River Plate está mal e cair no Campeonato Argentino é bem difícil. Por lá, o rebaixamento é definido através da média dos três últimos campeonatos. Não tem como dizer quer a queda foi injusta. É uma soma de fatores negativos e administrações pífias.


Com certeza, o River vai se recuperar, mas esta mancha nos torcedores, ninguém nunca vai apagar. Força River Plate! Dias melhores virão.

MAIS UM TRABALHO MAL FEITO

Após mais uma derrota, desta vez, em casa para o Bahia, o técnico Adilson Batista resolveu pedir demissão do comando do Atlético-PR. Este é o terceiro clube que Adilson sai em 11 meses. Os outros foram Corinthians e Santos.

Na época de Cruzeiro, onde ficou de 2008 a 2010, o treinador era apontado com um dos melhores da nova geração, mas acho que Adilson enganou a muitos. No Furacão, além de ter sido esmagado pelo Coritiba no Estadual, caiu também na Copa do Brasil e ainda não tinha vencido nas seis rodadas do Campeonato Brasileiro. Em 14 jogos, foram apenas quatro vitórias com mais quatro empates e seis derrotas.

A diretoria tem pressa para anunciar o nome do novo treinador. Cuca, Celso Roth e até o uruguaio Diego Aguirre do Peñarol estão sendo especulados. Acho que o novo comandante deve ter muito trabalho para fazer com que a fase do Rubro-Negro melhore. O time é fraco e a antes temida Arena da Baixada não faz mal a mais ninguém.