O Olimpia é o primeiro finalista da Taça Libertadores da
América e agora aguarda pelo adversário que sairá do embate entre Atlético-MG e
Newell’s Old Boys. Os argentinos venceram por 2 a 0 em Rosário.
Mesmo com a derrota por 1 a 0 para o Santa Fé, em Bogotá, os
paraguaios, que venceram em Assunção por dois gols de diferença, estão na
decisão em busca do quarto título da competição. Esta é sétima vez que o
Olimpia disputa uma final de Libertadores.
Com o Estádio El Campín lotado, o Santa Fé foi para cima e
até mereceu ganhar por mais, mas a bola não entrava e o goleiro uruguaio Martín
Silva estava em uma noite iluminada.
O atacante Medina era quem mais levava perigo aos
paraguaios. Primeiro, em linda bicicleta, quase marcou. A bola saiu raspando.
Pouco depois, desviou chute cruzado de Acosta, mas não conseguiu mandar para o
gol.
Os visitantes, que não puderam contar com o melhor jogador
da equipe, Salgueiro (expulso em Assunção), não chegaram a meta dos colombianos
em todo o primeiro tempo.
O massacre continuou durante a etapa final. As alterações
feitas pelo técnico Ever Almeida deixaram o Olimpia ainda mais recuado.
De tanto insistir, o Santa Fé chegou ao gol. Bem polêmico
por sinal. Aos 30 minutos, Omar Pérez cobrou falta de longe e Martín Silva, que
desta vez falhou, deu rebote para Medina e a bola tocou na trave e, em minha
opinião, não entrou, mas o trio de arbitragem assinalou gol.
A torcida ainda acreditava. Tinha tempo para, pelo menos,
mais um gol. Por pouco, o atacante Borja (ex-Flamengo e Internacional) não leva
a decisão para a disputa de pênaltis, mas a trave salvou os paraguaios aos 39
minutos. A bola bateu no poste, voltou nas costas do goleiro e não entrou. Não
entrava nada. Estava difícil.
No fim, se classificou o time com mais camisa, tradição, mas
que, pela partida disputada, não merecia ficar com a vaga na decisão. Se bem
que em Assunção, o Santa Fé foi covarde e medroso. Pagou o preço.