COMO PODE NUNCA TER IDO À SELEÇÃO?

Se tem um jogador no futebol brasileiro que pode se dizer injustiçado por nunca ter vestido a Amarelinha, este é Fábio, do Cruzeiro.

O goleiro de 37 anos vem fazendo (mais) uma temporada exuberante. Contra o Palmeiras, em São Paulo, no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, nada passou pelo goleirão. Na fase anterior, garantiu a vaga ao time mineiro ao pegar todos os pênaltis contra o Santos, no Mineirão. 

Fábio sempre foi nome constante nas divisões de base do Brasil. Foi titular no Mundial sub-17 em 1997 e no sub-20 dois anos depois, mas estranhamente nunca teve uma oportunidade na seleção principal. Diversos treinadores comandaram o Brasil e nenhum se lembrou de Fábio.

Ídolo do Cruzeiro, onde tem quase 800 partidas disputadas, Fábio é considerado (com justiça) o maior goleiro da história do clube mineiro. No clube desde 2005 quando deixou o Vasco, ganhou diversos títulos, entre eles o bicampeonato brasileiro em 2013 e 2014. Tem também duas Copas do Brasil (2000 e 2017), além de seis títulos estaduais. 

Uma conquista que o goleiro ainda persegue é a Taça Libertadores da América e o triunfo pode vir nesta temporada. O Cruzeiro está nas quartas de final da competição e decidirá uma vaga nas semifinais diante do Boca Juniors.

Fábio atualmente é o melhor goleiro do Brasil. Vem agarrando demais e seria muito justo, pelo menos, uma convocação até o fim da carreira. Apesar da idade. Só para não ficar com aquele gostinho amargo de nunca ter defendido o Brasil.

ATAQUE CONTRA DEFESA QUE ACABA SEM GOLS

Flamengo e Corinthians ficaram no empate sem gols no castigado gramado do Maracanã na partida de ida das semifinais da Copa do Brasil. O Rubro-Negro tentou o gol até o fim, mas a defesa adversária acabou levando a melhor. Quem vencer na Arna, avança. Novo empate é decisão por pênaltis.

Fora de casa, Jair Ventura resolveu escalar o Corinthians com três volantes. Para muitos, uma decisão covarde. Achei bem acertada. O Corinthians não tem time para encarar o Flamengo de frente. A ideia era levar pelo menos um empate para a volta em São Paulo no próximo dia 26.

O Flamengo teve muito mais volume, posse de bola e chances criadas, mas falta ataque ao Rubro-Negro. Maurício Barbieri escalou Vitinho e Uribe como titulares, Nulos, saíram no segundo tempo sob vaias. O Corinthians não deu um único chute a gol. Muito pouco, mas é o que dá pela escassez de talentos.

Com o passar do tempo, a torcida do Flamengo foi ficando tensa e se calou. Já tinha acontecido o mesmo contra o Cruzeiro na Taça Libertadores.

A defesa do Corinthians estava muito bem postada e contava inclusive com a ajuda do atacante Romero que volta e meia estava na área dando chutão para frente. 

As melhores opções ofensivas do Flamengo saíam dos pés de Diego e Everton Ribeiro. Lucas Paquetá demonstrou cansaço após a longa viagem dos Estados Unidos para o Rio de Janeiro. No Corinthians, Fagner não fez a diferença que a diretoria do Flamengo tanto temia. O lateral foi substituído no decorrer da segunda etapa.

Apesar do empate em casa, ainda vejo o Flamengo como favorito para chegar à final. Na Arena, o Corinthians não poderá ser tão omisso e, com isso, o time carioca terá mais espaços. Além de ser bem superior tecnicamente.