Pesquisar este blog

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

VASCO DÁ MOLE E SÓ EMPATA

Parece que o vice-campeonato na Taça Guanabara ainda não foi cicatrizado no Vasco. A equipe abriu vantagem de dois gols, mas cedeu o empate, atuando em casa, para o modesto Bonsucesso em 2 a 2. A torcida criticou muito a equipe que estava visivelmente abalada pela derrota para o Fluminense na decisão do último domingo.

Cristóvão Borges resolveu fazer alterações no time e começou o jogo com Eduardo Costa, Felipe (que tinha reclamado da reserva durante a semana) e o equatoriano Carlos Tenório (estreante no Campeonato Carioca). Nilton, Juninho Pernambucano e Diego Souza estavam na reserva.

O Vasco começou com tudo e marcou logo aos dois minutos dando a nítida impressão de que golearia na estreia no segundo turno. Fagner cruzou e Alecsando, em impedimento, mandou para as redes. Este foi o nono gol do artilheiro do Campeonato Carioca.

Mesmo com três atacantes, o Vasco sofria com a insegurança da zaga que sentiu muito a falta de Dedé que estava servindo a Seleção Brasileira. A melhor opção era apostar na velocidade de Willian Barbio, que mais uma vez, teve boa participação.

O Bonsucesso percebia que tinha espaços e passou a rondar a área vascaína. O time da casa, no primeiro tempo, apenas marcou o gol e mais nada.

Na segunda etapa, o Vasco mudou. De camisa e não de atitude. Juninho foi para o jogo no lugar de Tenório que até se mexeu, mas estava fora de posição. Alecsandro ocupava o lugar de centroavante e o equatoriano, apesar de tentar, estava perdido.

Mesmo se querer, o Vasco aumentou a vantagem com tabelinha dos veteranos Juninho e Felipe. O Reizinho tocou e o Maestro bateu, de esquerda, para marcar o segundo gol.

Se o Vasco já estava sem vontade, o que dizer depois de ampliar o marcador? Mas o Bonsucesso não se entregou e diminuiu a contagem aos 18 minutos com Diogo, em cobrança de falta. Todos falharam. Zaga e Fernando Prass.

Mesmo levando um gol, o Vasco não acordou para a partida. Bastava jogar o mínimo que fosse que venceria e bem, mas o time da Leopoldina, que tanto insistiu, chegou a igualdade aos 25 minutos em boa troca de passes no ataque e a bola chegou para Marco Goiano que bateu na saída do goleiro vascaíno.

Quando o jogo estava 2 a 2, o Bonsuça continuou mais efetivo e perigoso. Nem mesmo após a expulsão injusta do atacante Jefferson, o Vasco assustou o goleiro Saulo.

Após o apito final, muitas vaias e um desabafo de Juninho que disse que nunca na carreira, foi impedido de atuar ao lado de um jogador. Como fazem com ele e Felipe no Vasco. Para o Reizinho, os dois podem e devem jogar juntos desde o início. Será que Cristóvão acatará? O treinador vai escalar a equipe reserva na próxima partida, diante do Olaria. O objetivo é poupar os jogadores para o jogo da Taça Libertadores da América, na próxima terça-feira, contra o Alianza Lima, em São Januário.

A RESSACA DO CAMPEÃO

Na abertura da Taça Rio, o Fluminense, campeão do 1º turno, entrou com o time inteiro de reservas e foi derrotado pelo bem armado Resende por 2 a 1 no Estádio Raulino de Oliveira.

A parte curiosa foi a entrada do volante Fábio Braga, filho do treinador Abel, entre os titulares na equipe tricolor e o volante não decepcionou. Trata-se de um meia defensivo que joga de cabeça em pé, mas terá de ser muito bom para superar a desconfiança de só jogar por ser filho do técnico. O ataque do Flu contava com Rafael Moura e Rafael Sobis, jogadores que teriam vaga em quase todas as equipes do futebol brasileiro. Isto só prova a força do elenco que o Fluminense formou para a temporada.

O time do Resende mostrou que a boa campanha na Taça Guanabara não foi por acaso. O técnico Paulo Campos arma muito bem a equipe que conta com bons jogadores, casos de Yuri, Elias, Marcelo Régis e o experiente Marcel. A zaga formada por Facundo Goméz e Filipe também é segura e o goleiro Mauro, ex-Santos, passa a experiência para o restante do time.

Logo aos cinco minutos, o ex-palmeirense Marcel colocou o time do Vale do Paraíba na frente com uma bela jogada e um lindo toque no canto esquerdo do goleiro Ricardo Berna.

O Flu não sentiu o golpe e respondeu em seguida com Thiago Carleto que obrigou Mauro a fazer linda defesa. Pouco depois, Rafael Sobis recebeu na intermediária e mandou uma bomba no travessão. Wágner também bateu de longe e acertou, mais uma vez, a trave de Mauro.

O empate estava maduro e saiu aos 30 minutos em uma jogada muito bem trabalhada. O argentino Lanzini atacou pela direita e tocou para Wágner que passou para Souza que achou Rafael Sobis que apenas rolou no canto esquerdo do goleiro adversário. De pé em pé, o Flu chegou, merecidamente, ao empate.

No intervalo, Abel Braga sacou Souza, que estava improvisado na lateral direita, para a entrada do menino Wallace que atacou muito e foi uma boa opção de ataque.

O Fluminense estava em um ritmo preguiçoso. O time não tem muito entrosamento, apesar de treinar sempre junto em coletivos e o Resende chegou ao segundo gol aos 19 minutos em boa trama do setor ofensivo. Marcel cruzou, Ricardo Berna não saiu e o centroavante Marcelo Régis escorou para as redes.

Abel estava nervoso à beira do campo e reclamava do trio de arbitragem. O treinador colocou os atacantes Samuel e Matheus Carvalho nas vagas de Fábio Braga, contundido, e Lanzuini, muito criticado pelo técnico durante a partida.

O final do jogo foi de ataque contra defesa, mas o Fluminense insistia em levantar bolas para a área e a zaga do Resende sempre levava vantagem. Rafael Moura, apagado, andou cabeceando algumas bolas, mas todas longe da meta.

No fim, a vitória do Resende não pode ser considerada injusta. É um bom time que, assim como no primeiro turno, brigará pela vaga na semifinal pelo Grupo A.

Outros Resultados: Bangu 0 x 0 Olaria; Nova Iguaçu 2 x 1 Friburguense.