NECESSITA-SE DE UM CAMISA 10

Três jogos disputados e três pontos. Não perdeu, mas também não venceu. Esta é a situação do Flamengo até aqui no Campeonato Brasileiro.

Depois da conturbada saída de Ronaldinho Gaúcho, o próximo a deixar o clube pode ser o técnico Joel Santana. Caso a equipe não vença o Coritiba, atuando no Engenhão na próxima rodada, deveremos ter mudanças na comissão técnica. O problema seria escolher o substituto. Falam em Renato Gaúcho. Outros nomes disponíveis e que poderiam pintar seriam Adílson Batista e Levir Culpi ou até mesmo um treinador de fora do país. Eu não descartaria nem um retorno de Andrade, técnico campeão brasileiro em 2009.

Depois da saída de Ronaldinho e sem a reposição para a perda de Thiago Neves no início da temporada, ficou ainda mais evidente que o time necessita de um armador para fazer a bola chegar ao ataque. O típico camisa10.

Não adianta que Ibson (recém chegado) e Kleberson não são esse elo de ligação. Funcionariam muito bem como trerceiro homem de meio. Já há quem queira que apostem nos pratas da casa: Adryan ou Thomás. O argentino Bottinelli, testado na função em algumas partidas, é muito irregular.

Nomes para a posição não serão fáceis. São jogadores caros. Teria que ser alguém que chegasse, vestisse a 10 e já entrasse em campo para organizar a meiúca rubro-negra.

Já ouvi falar que Alex, atualmente no Fenerbahçe-TUR, estaria sendo cogitado. Falam também em Dário Conca (ex-Fluminense) e até mesmo o experiente italiano Alessandro Del Piero (ex-Juventus). Um jogador mais fácil que já foi pensado é Douglas, do Corinthians.

Acho que o Flamengo poderia apostar em fazer uma boa oferta ao Cruzeiro pelo argentino Montillo que está claramente insatisfeito com o esquema de jogo de Celso Roth que insiste em escalá-lo no ataque. Não sei se a Raposa aceitaria vender, mas era uma tentativa.

Não é apenas de um camisa 10 que o Flamengo precisa, mas para esta opção, o reforço deveria chegar o quanto antes. Mas a situação na zaga, lateral esquerda e no ataque (exceto Vagner Love) também são caóticas.

Do jeito que está não pode ficar. O ataque não consegue receber bolas em condições. Quando me refiro ao setor ofensivo, falo de Vagner Love, já que Deivid é quase sempre nulo. Chega a dar pena do camisa 99 que corre para todos os lados buscando jogo. E, sempre que pode, o Artilheiro do Amor ainda deixa a sua marca nas redes adversárias.