Gerardo Martino não é mais o técnico da seleção da Argentina. Diversos problemas internos levaram o treinador à renunciar ao cargo. O estopim seria a dificuldade na liberação de atletas para as Olimpíadas. Quase nenhum clube aceita negociar com a Associação de Futebol Argentino (AFA).
A entidade não paga salários ao treinador há nove meses e muitas estrelas do plantel principal pensam em não jogar mais pela Seleção e seguir o caminho de Lionel Messi.
Na seleção, Tata Martino perdeu apenas três partidas nos quase dois anos em que esteve à frente do elenco. O treinador acumula dois vice-campeonatos seguidos na Copa América perdendo ambos para o Chile em decisão por pênaltis.
Gerardo Martino assumiu no lugar de Alejandro Sabella após a Copa do Mundo de 2014 dirigindo o time em 29 jogos com 19 vitórias, sete empates e três derrotas. Nas Eliminatórias Sul-Americanas, a Argentina ocupa o terceiro lugar na classificação.
O treinador chegou a montar a lista com 35 nomes pré-relacionados para os Jogos Olímpicos, que começam daqui a um mês. Mas os clubes dos jogadores não aceitam liberar os atletas e a AFA não negocia com nenhum time em prol da Seleção. Até mesmo as equipes argentinas não querem ajudar à entidade. A crise é total.
Como já foi indicado que Gerardo Martino seria o treinador olímpico, agora apenas algum auxiliar pode assumir o comando no Rio de Janeiro, já que o credenciamento já foi feito. O Comitê Olímpico Internacional não aceita que algum jogador que não estava na lista prévia dos 35 dispute a competição. Ou seja, a Argentina pode não ter time para mandar para os Jogos Olímpicos e a participação estaria ameaçada. Que bagunça!
Sobre o time principal, não será fácil arrumar um substituto para Martino. Ninguém quer trabalhar com os dirigentes que estão no comando da AFA. A entidade está sem presidente desde o dia 30 e ainda não divulgou data e nem regulamento do campeonato local que deveria começar em agosto.
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