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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O ADEUS DO FENÔMENO

Aos 34 anos, sendo 18 de uma carreira vitoriosa e maravilhosa, o atacante Ronaldo anunciou a aposentadoria do futebol profissional. O Fenômeno já tinha decidido parar no fim deste ano, mas as fortes dores fizeram com que o planejamento fosse antecipado.

A eliminação na Taça Libertadores da América, maior sonho dos corintianos, pode ter tido reflexos na decisão do agora ex-jogador.

Ronaldo anunciou a decisão ontem à noite e convocou uma entrevista coletiva para dar detalhes sobre o término da carreira. Com o CT Joaquim Grava completamente lotado, o atacante com os dois filhos e acompanhado do presidente Andrés Sanchez reafirmou tal decisão.

Ronaldo ainda revelou que as suas constantes dores foram a principal vilã na carreira. O atacante também falou sobre sua dificuldade em se manter peso, gerado graças a um problema de hipotireoidismo, descoberto há quatro anos quando estava no Milan.

Muito emocionado, o atleta falou que sente muitas dores até ao subir uma escada e afirmou que perdeu para o corpo e foi vencido pelas dores. Quando lembrou de todas as lesões que teve na carreira, mais lágrimas.

Ronaldo agradeceu por todos os clubes em que atuou e fez uma homenagem em especial ao Corinthians ao chamar Andrés Sanchez de irmão. O atacante ainda se desculpou por não ter dado o título da Libertadores aos fiéis torcedores.

A carreira do R9 foi marcada por muitas conquistas. Na Seleção Brasileira, venceu as Copas de 1994 e 2002, além de ter chegado a final em 1998. O atacante ainda venceu a Copa América em 1997 e 1999 e mais uma Copa das Confederações de 1997. Nos clubes, mais títulos. O início de carreira foi no modesto São Cristóvão do Rio de Janeiro. Ao chegar no Cruzeiro, ganhou a Copa do Brasil de 1993 e o Estadual no ano seguinte.

Na Europa, a Copa dos Países Baixos Baixos no PSV em 1997, além da Copa da Espanha e a Recopa Européia pelo Barcelona em 1997. Na Internazionale, a Copa da UEFA em 1998. Só que onde mais venceu foi no Real Madrid com dois campeonatos espanhóis em 2003 e 2007, e ainda uma Champions League e o Mundial de Clubes em 2002 e mais uma Super Copa da Espanha de 2003.

Na volta ao futebol brasileiro com o Corinthians recém saído da Serie B, Ronaldo foi um dos principais nomes nas conquistas da Copa do Brasil e do Paulistão de 2009.

Pela FIFA, ganhou três prêmios de melhor jogador do mundo (1996/97 e 2002). Outro prêmio individual muito importante é a artilharia máxima na história de todas as Copas do Mundo. Em quatro edições de Mundial, Ronaldo marcou 15 gols e ultrapassou o francês Fontaine, antigo detentor das marca com um gol a menos.

Ronaldo foi um dos melhores centroavantes da história do futebol mundial. Pessoas de todas as épocas, não esquecem da qualidade de Ronaldo. Dos que vi atuar, logicamente, foi um dos tops. Vejo Romário como mais decisivo na área, mas é inadimissível não salientar a qualidade do centroavante que marcou muitas gerações e terá seu nome, merecidadamente, marcado no futebol mundial em todos os tempos.

Boa sorte a Ronaldo nesta vida fora dos gramados e que os gols, a conquista e a superação deste excelente jogador nunca sejam esquecidos. Para o bem dos amantes do futebol.

5 comentários:

  1. Ronaldo foi um dos melhores que já vi jogar, um exemplo dentro e fora de campo, apesar do deslize cometido no episódio dos TRAVECOS, isso manchou sua carreira com certeza e tudo por causa de um clube vermelho e preto, bem tirando essa parte o Ronaldo também não merecia tudo que a torcida do Corinthians fez, É por essas e outras que o Romário ainda continua sendo o maior de todos.

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  2. Sem dúvida um dos cinco maiores que já vi!

    Valeu fenômeno!

    Abs

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  3. Como diz o colega ali em cima, sua carreira foi manchada por um clube vermelho e preto e pelos episodios no Rio de Janeiro.

    Sem duvida nenhuma, foi um genio do futebol mundial, suas arrancadas, dribles, gols nao sao pra qualquer um.

    Valeu ao eterno Ronaldinho

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  4. Uma pena um jogador como o Ronaldo passar por isso que a torcida do Corinthians está fazendo. Sorte deles e de todos nós por ter visto ele jogar, ter se emocionado com o mundial que ele nos ajudou a trazer, ter nos dado muita alegria, etc... Parabéns Ronaldo, vc é o CARA!!!!

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  5. Celso Coelho - Manaus/AM15 de fevereiro de 2011 às 23:56

    O maior artilheiro de todas as Copas, três vezes o melhor do mundo. Ídolo dos opostos, Real e Barça, Inter e Milan. Sem contar a passagem por Cruzeiro seu primeiro clube como profissional e PSV Eindhoven, seu primeiro clube europeu. Além de memoráveis jornadas com a camisa canarinho. Despediu-se do futebol de uma maneira totalmente melancólica.

    Numa entrevista regada a lágrimas, mentiras, cenas teatrais, com conotações totalmente marqueteiras. O astro dos campos de futebol despede-se numa sala de imprensa lotada de câmeras e flash da mídia mundial. Tudo de conformidade com o figurino.

    E a bola? Sua companheira de grandes jornadas, onde estava que não deu o ar da graça? Talvez perdida em algum canto do mal acabado estádio: Manuel Murillo Toro, com capacidade para 30 mil torcedores, com gramado totalmente irregular. O ultimo palco de um artista.

    Foi neste estádio, que o Fenômeno da Superação abandonou a sua fiel companheira, depois do seu maior fracasso profissional. Na noite de 2 de fevereiro o Corinthians era derrotado pelo desconhecido Tolima, e pela primeira vez na história, um clube brasileiro não conseguia passar pela Pré Libertadores.

    Quem diria que o Fenômeno que arrastou multidões para o Mineirão, Philips Stadion, Camp Nou, Santiago Bernabéu, Giuseppe Meazza, San Ciro e até o Pacaembú fosse terminar os seus dias de jogador de futebol profissional num estadiozinho de uma cidadezinha colombiana chamada Ibagué, derrotado pelo timizinho do Tolima? Quem ti viu, quem ti vê.

    E o melancólico fim de um fenômeno não terminava ai. Revoltados com o fracasso, um bando de loucos corintianos, com faixas, pichações, pedradas e pauladas promoveram a mais triste despedida de um grande ídolo. Ronaldo que não soube parar no momento certo, não foi capaz de superar, a dor da ingratidão. Os aplausos deram lugar às vaias. E Ronaldo parou.

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