ESTRELA DE JOEL BRILHA NOVAMENTE E BOTAFOGO DESBANCA O FLAMENGO

O futebol é emocionante e por isso é o esporte predileto do país. O Flamengo tinha a maior invencibilidade do Brasil, afinal não perdia desde outubro e o Botafogo, que ninguém da imprensa acreditava, não vencia o Rubro-Negro há dez partidas (cinco derrotas e cinco empates) e também não ganhava um clássico desde abril do ano passado. Mas o Glorioso foi guerreiro e bateu o favorito Flamengo por 2 a 1 de virada. Os gols que levaram o Fogão à final foram marcados pelo lateral Marcelo Cordeiro e o talismã Caio (foto). Vinicius Pacheco fez para o rubro-negro. Adriano, aniversariante do dia recebeu presente de grego.

O jogo começou de forma eletrizante e no primeiro minuto o Botafogo poderia ter aberto o placar, mas Bruno evitou o gol. O Fla também atacava, mas Jefferson (que hoje voltou a agarrar bem) estava em uma boa noite. Quem mais se destacava pelo Flamengo era Willians e Vinicius Pacheco e foi do jovem meia o gol que abriu o marcador. Pacheco carregou a bola no meio e tabelou com Vagner Love, depois recebeu na área e chutou prensado para vencer Jefferson.

O Botafogo não se abateu e foi em busca da igualdade que veio aos 33 minutos. “Loco” Abreu ganhou de dois marcadores pelo alto e Herrera girou em cima de Álvaro (que só sabe bater, merecia ter sido expulso no segundo tempo), mas Bruno fez boa defesa, mas na sobra Marcelo Cordeiro fez a festa dos Alvinegros.

No fim do primeiro tempo, o árbitro Luiz Antônio Silva se enrolou e expulsou Fahel, mas depois voltou atrás, por achar que a falta foi cometida por Fabio Ferreira, mas não tinha jeito, pois o juiz erraria de qualquer jeito. Mesmo a infração sendo feita por Fahel, não era digna de cartão amarelo. O uruguaio Abreu fez um gol de mão e recebeu, acertadamente, o cartão amarelo. Adriano, discreto no jogo, só foi notado em cobranças de falta, mas sem muito perigo.

No segundo tempo, os botafoguenses voltaram com mais garra ainda. Alessandro, Marcelo Cordeiro e Leandro Guerreiro fizeram uma belíssima partida. Na frente, “Loco” Abreu incomodava. O Fla teve as melhores chances do jogo, mas Vagner Love desperdiçou ambas. Na primeira cabeceou no travessão e depois apareceu sozinho no segundo pau e mandou para fora.

Os técnicos mexeram nas equipes e aí brilhou a estrela de Joel Santana. O treinador colocou a promessa Caio no lugar do inoperante Lúcio Flávio. Já Andrade tirou Vinicius Pacheco, um dos melhores do time e colocou Petkovic a pedidos da torcida. Joel acertou e Andrade errou.Willians teve boa chance em jogada pela direita, mas a bola passou raspando.

Até que aos 37, veio o gol da virada. Abreu ganhou mais uma pelo alto e escorou para Caio que resvalou na bola que foi no contrapé de Bruno. Pouco depois, quase vem o empate. Willians fez mais uma boa jogada e Vagner Love perdeu mais uma chance.

No fim, festa da torcida alvinegra que compareceu em menor número, mas saiu muito mais feliz do Maracanã. Parabéns aos meus amigos botafoguenses Léo de Copacabana e Carlos Batista.

O que será que fez com que o Botafogo chegasse a final contra o Vasco? A estrela de Caio e Joel Santana, a garra dos jogadores ou a Fla-Folia do Carnaval? Será que o camarote da Brahma teve alguma influência neste resultado? E a goleada que o leitor Daniel disse que ia acontecer? E a imprensa carioca que praticamente esnobou o Botafogo?

Por isso, o futebol é apaixonante. Eu dizia que o Flamengo era favorito, mas clássico é clássico e não podemos menosprezar a malandragem de Joel Santana. Pelo menos, os jogadores do Flamengo poderão aproveitar, no camarote, o desfile das campeãs no próximo sábado, já que domingo quem vai decidir a Taça Guanabara será Botafogo e Vasco.