UMA QUEDA ANUNCIADA

Paulo Cesar Carpegiani não resistiu às três derrotas seguidas do São Paulo e foi demitido pela cúpula do Tricolor. Esta queda já estava anunciada desde maio na eliminação da Copa do Brasil diante do Avaí. Esta foi a primeira vez em que o Sampa perde três jogos consecutivos desde a implantação do sistema de pontos corridos no Campeonato Brasileiro.

A equipe começou a competição muito bem com cinco vitórias, mas como disse o atacante Dagoberto, aquela não era a realidade do clube. O time do São Paulo não tem nada de mais e o elenco não é recheado de opções como em outros anos. Tanto que depois da ausência de Lucas que está servindo a Seleção, o time desengrenou.

Carpegiani já tinha tido uma passagem pelo clube em 1999 e também foi demitido após três revés seguidos. Agora, a diretoria procura por substitutos. Um nome natural seria o de Cuca, desempregado desde que deixou o Cruzeiro, mas o treinador não conta com a simpatia de Rogerio Ceni, maior força do elenco, por atritos na primeira passagem do técnico em 2004.

A bola da vez pode ser Dorival Junior que está para cair no Atlético-MG, mas o grande sonho dos sãopaulinos é o argentino Carlos Bianchi, porém o ex-treinador do Boca Juniors está parado há cinco anos e este é o temor de alguns dirigentes que pensam que a adaptação pode ser um problema para a sequência do campeonato. Diego Aguirre do Peñarol também vêm sendo comentado nos bastidores do Morumbi.

Carpegiani deixa o clube após nove meses com 38 partidas, 24 vitórias, quatro empates e dez derrotas. O treinador não conquistou nenhum título pelo clube paulista.

Se eu fosse dirigente do São Paulo, apostaria as fichas em Dorival Junior, um dos melhores técnicos do futebol brasileiro, mas não esperaria milagres. O elenco precisa de peças de reposição. Este São Paulo não é sólido e forte como os anteriores.