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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

TEM GENTE QUE NÃO SABE A HORA DE PARAR

Não podemos negar que o meia-atacante Rivaldo foi um dos jogadores brasileiros que mais fizeram sucesso no exterior em todos os tempos. Saído do interior de São Paulo, o pernambucano se tornou ídolo do La Coruña e brilhou intensamente com a camisa do Barcelona, onde foi escolhido o melhor jogador do mundo em 1999 pela Fifa.



Mas, como muitos atletas não está sabendo a hora de parar e vem colecionando passagens mal sucedidas pelos últimos clubes da carreira. Foi assim no Milan, no Cruzeiro( onde não atuou nem por um semestre) e depois em times inexpressivos como Olympiakos, AEK e Bunyodkor do Uzbequistão (treinado por Luiz Felipe Scolari).

Em 2011, resolveu anunciar que jogaria o Campeonato Paulista pelo Mogi Mirim, clube do qual era o presidente. Seria uma iniciativa válida, já que faria de um time pequeno, a atenção do Paulistão, mas uma "cavada" junto a Rogério Ceni o colocou no São Paulo, onde não rendeu nada e passou toda a temporada como reserva e nunca foi a primeira opção. Primeiro, o apoiador falou que era perseguido por Paulo Cesar Carpegiani e depois com Adilson Batista e Emerson Leão foi a mesma coisa, ou seja, sem oportunidades.


A última aparição com a camisa da Seleção Brasileira foi no empate em 3 a 3 com o Uruguai, em partida válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2006. Até com a CBF, Rivaldo arrumou problema falando que não teve uma partida de despedida, por ser nordestino e não do eixo Rio-São Paulo.



O jogador foi muito importante na conquista do Mundial de 2002 na Ásia, mas depois a carreira entrou em total declínio. Na Grécia, ganhou alguns títulos pelo Olympiakos (tricampeão nacional - 2005,2006 e 2007), mas o futebol grego não tem fama nenhuma e o atleta caiu no ostracismo, mesmo sendo bicampeão uzbeque (2008 e 2009). Na volta ao Brasil, só fiascos. Até que estreou bem pelo São Paulo ao marcar um lindo gol na vitória sobre o Linense pelo Campeonato Paulista, mas o corpo já não aguenta mais. Já são 39 anos e não é fácil.


Em dezembro, anunciou, via twitter, que não renovaria o vínculo com o São Paulo e que procuraria outro clube. A idéia é atuar por mais uma temporada no Brasil. Chegou a ser noticiado uma possível volta ao Santa Cruz, onde iniciou a carreira em 1991. Acho até que seria uma boa para o clube que conseguiu o acesso para a Série C do Brasileirão. Seria o retorno de um ídolo mundialmente conhecido e jogar na teceira divisão não seria tão sacrificante, apesar das longas viagens. Rivaldo também foi falado nos bastidores de Atlético-PR, Criciúma e Portuguesa (esta de volta à Série A), mas o alto salário aparece como principal empecilho. A direção da Lusa negou qualquer contato.



É uma pena um jogador que já foi eleito o melhor do mundo e que ganhou os principais títulos no Continente, como Campeonato Brasileiro, Espanhol, Champions League, onde também já foi o goleador máximo (em 2000 com a camisa do Barcelona ao marcar 10 gols), ter de optar por jogar em times de divisão inferiores. Será que não seria mais honroso se tivesse ficado no Mogi Mirim e ter jogado apenas o Paulistão 2011 para dar mais visibilidade ao Sapão? Mas parece que o olho cresceu e Rivaldo não sabe que a idade e a condição física são elementos preponderantes para um atleta de alto rendimento. Mal comparando, mas vejam o caso de Michael Shumacher no retorno à Fórmula 1.

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