Quis o destino que Portugal pagasse a Euro perdida em 2004 na mesma moeda, mas desta vez o sofrimento ficou com os franceses. Se há 12 anos, os "gajos" choraram em casa, agora a reviravolta veio com lágrimas de emoção. Principalmente para Cristiano Ronaldo, que estava na derrota para a Grécia em Lisboa.
Portugal venceu a França por 1 a 0 em pleno Stade de France e conquista pela primeira vez um título no cenário futebolístico. O gol heroico foi marcado pelo questionadíssimo atacante Éder, que saíra do banco de reservas para entrar na história.
Cristiano Ronaldo hoje é protagonista. Volta e meia eleito o melhor jogador do mundo. Com a conquista, ainda pode provocar o eterno rival, Lionel Messi, que nada venceu na seleção principal.
Mas o destino aprontou das suas novamente e fez com que o craque assistisse mais de 90 minutos da decisão do banco de reservas. Payet deu uma entrada dura em CR7, que até tentou continuar, mas não suportou as dores e cedeu lugar a Quaresma logo aos 23 minutos da primeira etapa.
A França foi muito mais perigosa no tempo regulamentar. No segundo tempo, Griezmann quase abriu o placar em cabeçada que assustou. Pouco depois, Giroud bateu forte e Rui Patrício, uma verdadeira muralha, foi buscar. Fernando Santos mexeu bem no time português e colocou Éder e João Moutinho. Nani quase marca ao tentar cruzamento.
A melhor chance da partida foi nos acréscimos com Gignac, que deixou Pepe no chão e mandou na trave. Que susto e tinha mais 30 minutos de emoção por vir.
Na prorrogação, Portugal veio melhor. Raphael Guerreiro cobrou falta com perfeição, longe do alcance de Lloris, mas a bola, caprichosamente, explodiu na trave. O gol da vitória histórica veio aos quatro minutos do segundo tempo da prorrogação. Éder bateu forte, no canto e o goleirão francês não conseguiu chegar. Festa no banco de reservas, alegria em um pequeno pedaço da arquibancada, muita euforia em Portugal e em algumas casas brasileiras.
Portugal não vencia a França há 41 anos. No tempo normal, empate, mas o que valeu foi o período extra. Mesmo sem a estrela da companhia, o time de Fernando Santos foi vibrante, heroico e faz história no futebol mundial.
Gostaria de parabenizar a todos lusitanos e admiradores da seleção lusa em especial o amigo João Silverio, que não segurou o grito que estava entalado, pelo menos, há 12 anos. Fez se justiça na história das Eurocopas. A festa não tem hora para acabar.
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