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quinta-feira, 10 de maio de 2012

SUFOCO, MAS O QUE VALE É A CLASSIFICAÇÃO

O Vasco foi derrotado por 2 a 1 para o Lanús, na Argentina, e como o placar foi o mesmo da partida do Rio de Janeiro, a sorte foi lançada nos pênaltis e os brasileiros levaram a melhor e ficaram com a vaga nas quartas de final da Taça Libertadores da América.

Não precisava de tanto sufoco e sofrimento. A equipe argentina não é forte e fez da garra, a sua principal característica.

O Vasco chegou a sair na frente com Nilton (novidade no time titular), mas no segundo tempo, os anfitriões viraram. Um dos gols foi com a contribuição generosa de Fernando Prass que falhou feio.

Como era de se esperar, Cristóvão Borges não começou com Felipe e Juninho juntos. O primeiro ficou no banco de reservas. Concordei com a decisão, mas para espanto de muitos, o escolhido para substituir o "Maestro" foi Nilton e não Fellipe Bastos.

A equipe da casa dominou nos primeiros cinco minutos. Mas aos poucos, o Vasco colocou a bola no chão e, como tem mais qualidade, passou a ter o poder do jogo.

Aos 18 minutos, a novidade Nilton acertou um tirambaço de 97 km/h e colocou os cariocas em vantagem. Impressionante a curva que a bola fez antes de estufar as redes de Marchesín. Na comemoração, o volante chegou às lágrimas ao lembrar o tempo em que conviveu com as contusões.

Mesmo estando em desvantagem, o time argentino não conseguia ensaiar uma pressão. O Vasco até teve chances de fazer mais gols. Fágner (mais uma partida muito ruim) foi egoísta ao chutar uma bola em que deveria ter cruzado. Diego Souza também teve uma oportunidade, mas mandou para fora.

Pelo lado do Vasco, Eder Luis corria muito e era a melhor opção para o contra-ataque. Desta vez, até que Thiago Feltri jogou bem. Melhor que Fágner.

Na etapa final, o Lanús voltou com tudo. O técnico Gabriel Shürrer colocou o atacante Téo Gutierrez em campo. A equipe cresceu muito de produção e contou com o recuo automático dos cruz-maltinos.

Até que aos 15 minutos, o centroavante Pavone, totalmente livre de marcação, recebeu passe de Valeri, passou por Fernando Prass e deixou tudo igual em "La Fortaleza".

Cristóvão Borges colocou Allan no lugar de Diego Souza. Juninho não estava bem em campo e vivia de bolas paradas. Em uma delas, assustou o goleiro Marchesín que teve de espalmar para escanteio. Tinha endereço certo.

O que os torcedores vascaínos não contavam era com uma falha gritante de Fernando Prass. Aos 32 minutos, em chute de Velázquez (de longe), o arqueiro rebateu bola fácil e Téo Gutierrez mandou para o gol. Era a virada argentina. Agora sim, a pressão.

O placar levava a decisão para a marca da cal, mas o Lanús não desistia e queria a classificação direta. No Vasco, Carlos Alberto entrou no lugar de um exausto Eder Luis, mas o meia errou tudo que tentou e perdia bolas que propiciavam perigosos contra-ataques. No fim, uma cabeçada de Pavone obrigou Prass a difícil defesa. Quase nos acréscimos, o zagueiro Rodolfo errou passe e o time da casa quase chegou ao terceiro.

No fim, o jogo foi mesmo para as penalidades máximas. Antes de terminar, Felipe entou no lugar de Nilton.

Nas cobranças, os vascaínos foram perfeitos. Felipe, Juninho, Carlos Alberto, Renato Silva e (até) Alecsandro marcaram. Pelo Lanús, Romero mandou uma bomba no travessão. Fernando Prass, para variar, não pegou nenhuma cobrança.

O coração dos torcedores quase parou na hora em que Alecsandro (que perdeu as três últimas) se encaminhou para a quinta cobrança, mas o centroavante marcou e garantiu o time de São Januário entre os oito melhores da América do Sul. Agora, que venha o Corinthians!

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